A paraense Berna Reale é um dos nomes mais significativos da arte contemporânea no País – esteve entre os três brasileiros que participaram da 56ª Bienal de Veneza no ano passado. Também com extrema competência, Berna é perita criminal. Combinando as duas atividades, ela denuncia, por meio de sua arte, a violência e a injustiça. Na semana passada, acabou agredida em seu ambiente de trabalho (o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém), quando procurou o diretor do Instituto de Criminalística, Silvio André Lima da Conceição, para conversar a respeito de um funcionário que seria transferido à revelia. “Ele me pressionou contra a parede e gritava que iria me mostrar como respeitá-lo”, diz Berna, que registrou boletim de ocorrência e pretende retomar um processo que apresentou à Corregedoria há dois anos com denúncias recolhidas ao longo de sua carreira.