Morreu na semana passada Alberto Roitman, popular entre os amigos e os carnavalescos como Alberto Roy, compositor de uma das mais geniais marchas que atravessam Carnavais e noites em mesas de bar (quando todos já estão um tanto calibrados, convenhamos): a “Marcha do Caneco”. As estrofes são intercaladas pelos seguintes refrãos: “Primeira bateria, vira,vira, vira, vira, vira,vira, virou!”, e assim sucessivamente. A marcha não se prestou, no entanto, somente à folia. Durante a ditadura militar, quando não era permitido ao povo votar, em uma não menos genial adaptação de Taiguara, ela se tornou: “Primeira bateria, vota, vota, vota, vota, vota, vota, votou!”. A censura se desesperou. Marlene cantava isso no show “Te pego pela palavra”. Pelo Carnaval ou pela resistência política, o País lembrará sempre de Alberto Roy. Morreu aos 84 anos, em São Paulo, de parada cardíaca.  


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias