Após duas semanas de debates, o Parlamento unicameral da Dinamarca (o tradicional Folketing) aprovou na terça-feira 26 a mais dura, intolerante e polêmica lei tentando esvaziar o fluxo de imigrantes e refugiados que aumenta no país. Por 81 votos a favor e 27 contra, os parlamentares acolheram a tese de que os estrangeiros têm de recompensar o governo que os está abrigando. Ficou assim determinado que todo e qualquer objeto de refugiados será confiscado em sua entrada no pais, com exceção de alianças de casamento porque “possuem um valor sentimental para quem as traz”. Diversas entidades internacionais e também a imprensa dos EUA igualaram a nova legislação dinamarquesa às regras nazistas que permitiam que soldados alemães se apossassem de tudo que pertencesse aos judeus.

Ministra de ferro
Inger Stojberg, a inflexível ministra da Integração da Dinamarca, admitiu que o confisco de pertences é isonômico em relação aos “cidadãos dinamarqueses que perdem bens quando devem para o Estado”.