A jogadora da seleção de volei Mari Paraíba nunca desfilou numa escola de samba e confessa até que está mais próxima do axé do que do samba. Em pleno Carnaval, ela será a rainha do tradicional Baile do Copacabana Palace, no Rio, para festejar o ano olímpico como deusa grega. “Como eu me vejo no Olimpo? Acho que toda mulher gostaria de ser Afrodite, que é a deusa do amor e da beleza, não concorda?”

04.jpg

 

ISTOÉ – Por que ser rainha do baile do Copa?
Mari Paraíba –
Foi um convite que o hotel fez e, claro, eu não pude recusar. Ser rainha do Baile do Copa é uma honra! Quando recebi o convite e soube que o tema seria Grécia Antiga, achei que tinha tudo a ver com
o ano olímpico que está começando.

ISTOÉ – Você representará na folia o ano da Olimpíada. Já está convocada?
Mari –
Estou na expectativa, sei que não será fácil. Temos atletas excelentes que disputam a mesma posição que eu, a convocação
só sai depois da Superliga.

ISTOÉ – Sonha ser campeã olímpica? acha que o Brasil tem boas chances no páreo com Estados Unidos e Rússia?
Mari–
É o sonho de qualquer atleta, comigo não seria diferente. EUA e Rússia são os dois maiores adversários do Brasil. Vão vir muito fortes, mas estamos bem servidos e contamos com grandes jogadoras.

ISTOÉ – Voce revelou que sofreu assédio na infância. Lhe fez bem falar? Acha saudável, como tem ocorrido nas campanhas atuais como #primeiroassedio?
Mari –
Não imaginei que falar sobre isso iria repercutir tanto. Nunca havia falado sobre o caso. Depois do que aconteceu comigo quando criança, eu fiquei com medo de sair na rua e quando via algum homem atrás de mim, eu já ficava assustada e às vezes saia correndo. É importante que as mulheres falem sobre o tema, é algo que acontece com muito mais frequência do que as pessoas pensam. Falar sobre isso, é um fantasma a menos na vida.