Na noite de 13 de dezembro de 1968 o Brasil foi mergulhado em um dos mais tenebrosos períodos de sua história: o general Arthur da Costa e Silva, segundo presidente da ditadura militar instaurada no País quatro anos antes, decretou o AI-5, suspendendo todas as garantias constitucionais dos cidadãos, fechando o Congresso Nacional e impondo a censura à imprensa. Dois dias antes, nos EUA, a Agência Central de Inteligência (CIA) informava o então presidente americano Lyndon Johnson que a “paranoia” da ditadura brasileira chegara a um patamar extremamente “perigoso” e isso poderia levar ao endurecimento do regime. A CIA embasou seu documento relatando a prisão de padres franceses acusados de apoiarem a Juventude Operária Católica, organização que reunia religiosos e leigos que se opunham ao golpe de 1964.