Sob o título “O nome de Deus é misericórdia”, esse é o primeiro livro de Francisco e foi lançado na terça-feira 12, simultaneamente, no Vaticano e em 86 países. A obra é escrita em forma de entrevista (concedida ao vaticanista Andrea Tornielli) e resume em 40 respostas do papa as providências a serem tomadas para que a Santa Sé deixe de protagonizar escândalos e a Igreja congregue cada vez mais adeptos. Não sem motivo, portanto, aborda temas polêmicos como homossexualidade e divórcio. Não sugere que a doutrina mude a sua visão sobre tais questões, mas pede que os católicos não discriminem gays ou divorciados. Toda vez que a Igreja Católica precisa colocar a casa em ordem e ganhar seguidores, ela recorre a um jesuíta para liderá-la. “O nome de Deus é misericórdia” se constitui, assim, num guia prático da fé sob a ótica jesuítica – jesuíta, aliás, que Francisco é.