15/01/2016 - 20:00
Depois da França, a Turquia. Na manhã da terça-feira 12, a explosão de um homem-bomba na praça Sultanahmet, centro histórico de Istambul, matou dez turistas alemães, feriu 15 e provocou estragos ainda não calculados num dos setores mais importantes da economia turca. Próximo da Basílica de Santa Sofia e da Mesquita Azul, esse foi o pior ataque a alemães fora do país em mais de 13 anos. O terrorista suicida foi identificado como um sírio de 28 anos, que entrou na Turquia em 5 de janeiro e tinha ligações com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Até a quinta-feira 14, sete suspeitos de colaborar com o atentado haviam sido presos. Em retaliação, a Turquia, que por muito tempo relutou em se juntar à coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI, realizou a maior ofensiva contra o grupo até agora. Segundo o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, Ancara bombardeou 500 posições do EI na fronteira da Síria com a Turquia e no norte do Iraque num intervalo de 48 horas. Cerca de 500 jihadistas teriam sido mortos.
HOMENAGEM
Criança visita local onde morreram as vítimas da explosão em Istambul
Dois dias depois, foi a vez de o EI atacar Jacarta, capital da Indonésia. Numa ação semelhante à que tomou Paris, em novembro, terroristas coordenaram ao menos seis explosões e tiroteios. Um dos principais alvos foi uma loja do Starbucks próxima a escritórios da Organização das Nações Unidas na cidade. Pelo menos sete pessoas morreram. Entre elas, cinco terroristas, um cidadão indonésio e um holandês. Segundo as agências internacionais, o porta-voz da polícia disse que, em dezembro, os jihadistas haviam feito um alerta ao país. Ainda na quinta-feira 14, o sudeste da Turquia foi alvo de outro atentado. Dessa vez, os autores foram os rebeldes curdos do partido PKK, que atacaram uma delegacia com um carro-bomba. Seis pessoas morreram e 39 ficaram feridas. “O inimigo do terrorismo é a humanidade”, declarou o premiê Davutoglu.