Depois da França, a Turquia. Na manhã da terça-feira 12, a explosão de um homem-bomba na praça Sultanahmet, centro histórico de Istambul, matou dez turistas alemães, feriu 15 e provocou estragos ainda não calculados num dos setores mais importantes da economia turca. Próximo da Basílica de Santa Sofia e da Mesquita Azul, esse foi o pior ataque a alemães fora do país em mais de 13 anos. O terrorista suicida foi identificado como um sírio de 28 anos, que entrou na Turquia em 5 de janeiro e tinha ligações com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Até a quinta-feira 14, sete suspeitos de colaborar com o atentado haviam sido presos. Em retaliação, a Turquia, que por muito tempo relutou em se juntar à coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI, realizou a maior ofensiva contra o grupo até agora. Segundo o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, Ancara bombardeou 500 posições do EI na fronteira da Síria com a Turquia e no norte do Iraque num intervalo de 48 horas. Cerca de 500 jihadistas teriam sido mortos.

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HOMENAGEM
Criança visita local onde morreram as vítimas da explosão em Istambul 

Dois dias depois, foi a vez de o EI atacar Jacarta, capital da Indonésia. Numa ação semelhante à que tomou Paris, em novembro, terroristas coordenaram ao menos seis explosões e tiroteios. Um dos principais alvos foi uma loja do Starbucks próxima a escritórios da Organização das Nações Unidas na cidade. Pelo menos sete pessoas morreram. Entre elas, cinco terroristas, um cidadão indonésio e um holandês. Segundo as agências internacionais, o porta-voz da polícia disse que, em dezembro, os jihadistas haviam feito um alerta ao país. Ainda na quinta-feira 14, o sudeste da Turquia foi alvo de outro atentado. Dessa vez, os autores foram os rebeldes curdos do partido PKK, que atacaram uma delegacia com um carro-bomba. Seis pessoas morreram e 39 ficaram feridas. “O inimigo do terrorismo é a humanidade”, declarou o premiê Davutoglu.  


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