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O Bahrein anunciou nesta segunda-feira, 4, o corte das relações diplomáticas com o Irã, de acordo com a agência de notícias estatal BNA. “O Barein decidiu cortar as relações diplomáticas com a República Islâmica do Irã e pedir a todos os membros da missão diplomática para deixarem o reino dentro de 48 horas", disse a BNA.

O governo explicou em comunicado que tomou esta decisão em resposta "à flagrante e perigosa ingerência" do Irã nos assuntos internos do Bahrein e dos demais países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), integrado pelos seis países árabes da zona, incluída a Arábia Saudita.

O país denunciou os "ataques covardes" contra a embaixada saudita em Teerã e o consulado de Mashhad, que são "um reflexo das políticas sectárias" iranianas, e que é preciso "enfrentar isso com toda a força" para "preservar a segurança e a estabilidade" da região.

Bahrein, cuja população é majoritariamente xiita, é governado por uma monarquia sunita que acusou reiteradamente o Irã de apoiar a oposição interna em suas exigências de maior democracia e direitos para os xiitas.

O Ministério de Relações Exteriores do Sudão também anunciou o rompimento da diplomacia com Teerã em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal do país.

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Ainda nesta segunda-feira, os Emirados Árabes Unidos anunciaram uma redução de suas relações diplomáticas com o Irã e pediu para que seu embaixador em Teerã retorne ao país. Segundo o comunicado do Ministério de Relações Exteriores, os Emirados Árabes reduzirão a sua diplomacia para se concentrar apenas nas relações comerciais entre a federação do Golfo e o Irã.

O comunicado aponta que a decisão foi tomada em razão da "contínua interferência na Administração Interna dos países árabes do Golfo".

No domingo, a Arábia Saudita rompeu relações diplomáticas com o Irã algumas horas após manifestantes invadirem e atearem fogo na embaixada saudita em Teerã. Riad retirou seus representantes da missão diplomática no Irã e ordenou que diplomatas iranianos saiam do reino.

O ataque ocorreu um dia depois de o governo saudita executar 47 pessoas condenadas por terrorismo. Uma delas era o clérigo xiita Nimr al-Nimr, opositor à dinastia sunita Al-Saud. A execução de Nimr provocou indignação em líderes xiitas do Irã.


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