estado-islamico.jpg

 

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) sancionou a extração de órgãos humanos em uma fatwa – decisão de estudiosos da lei islâmica – do grupo que ainda não havia sido divulgada, provocando temores de que o violento grupo extremista possa traficar partes do corpo humano de prisioneiros.

A decisão, registrada num documento de 31 de janeiro deste ano obtido pela Reuters, diz que tirar órgãos de prisioneiros vivos para salvar uma vida muçulmana, mesmo se isso for mortal para o preso, é admissível.

A Reuters não teve como confirmar de forma independente a autenticidade do documento. Autoridades dos Estados Unidos dizem que ele estava entre outras informações obtidas pelas forças especiais do país durante uma ação no leste da Síria em maio. “A vida e os órgãos do apóstata não têm que ser respeitadas e podem ser tirados com impunidade”, afirma o documento. “Órgãos que terminam com a vida do cativo se retirados: a retirada desse tipo não é também proibida”, explica a fatwa número 68, de acordo com a tradução do governo dos EUA.

O documento não oferece nenhuma prova de que o EI pratica de fato a coleta ou o tráfico de órgãos, mas fornece sanção religiosa para isso. Previamente, o Iraque acusou o grupo de coletar órgãos e traficá-los para obter lucro.

Ramadi
Tropas iraquianas que lutam em Ramadi, no oeste do país, consolidaram na sexta-feira, 25, suas posições antes de um ataque final planejado para capturar a cidade atualmente controlada pelo EI.

A recuperação de Ramadi, capital da Província da Anbar no fértil vale do rio Eufrates, seria uma das mais importantes vitórias alcançadas por forças armadas do Iraque desde que militantes EI dominaram cerca de um terço do país em 2014.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider Abadi, disse que as forças armadas do seu país também retomarão Mossul – a segunda maior cidade do Iraque – do EI depois de garantirem a segurança de Ramadi.

A retomada de Mossul privará o grupo militante de seu maior centro populacional, abolindo efetivamente a estrutura de Estado que o grupo mantém hoje no Iraque, privando-o de fonte de financiamento e provocando um golpe à sua influência regional.