Não deve ter impea­chment. Dilma segue firme durante o primeiro semestre, pois ela ainda tem de finalizar a limpeza, a faxina política a que é destinada. Por ter esse destino, ela venceu as eleições. E pela mesma razão resistiu a todos os ataques sistemáticos e violentos ao seu governo até agora. 

 O que se pode considerar é uma desistência em nome de uma decisão pessoal, que pode ocorrer em agosto. Ela já tirou seu grande inimigo do caminho, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Dilma não será derrubada. Mas não deverá terminar o mandato.

 Interinamente e para finalizar este ciclo do Partido dos Trabalhadores, apenas. Eduardo Cunha estará fora do jogo. Renan Calheiros (presidente do Senado) é um dos próximos alvos das operações anticorrupção. Ele, assim como o Lula, estarão na linha de fogo a partir de janeiro.

 O presidente da Câmara errou muito. Não se deve misturar espiritualidade com poder e ainda tirar proveito para benefício próprio, de maneira ilícita – seja se apoiando na bancada evangélica ou qualquer outra bancada ligada a algum preceito religioso que possa se estabelecer em uma casa pública. Deus lá em cima deve estar morrendo de vergonha do que se está fazendo em nome Dele. Tanto faz qual é a corrente, não se pode misturar essas esferas. Este ano que se encerra, regido por Ogum (orixá da luta e da justiça) e Exu (dos esclarecimentos terrenos), não vai deixar impune nenhum dos seres que se valeram de privilégios para roubar do povo.

 A briga interna do PSDB deve se agravar muito durante 2016. Aécio Neves, que tem um carma muito mais ligado ao posto que o (governador) Geraldo Alckmin vai sofrer atropelos das ações internas do colega de partido. O senador José Serra deve disputar a Presidência. Mas antes disso ele deixará o partido tucano e se lançar por outra sigla.

Ainda não sei.

 Dificilmente o Fernando Haddad conseguirá se reeleger. Mas também não consigo ver Marta Suplicy caminhando bem nas disputas. Ela vive em um desequilíbrio muito grande.

 Também emocional. E essa desestabilidade a leva a errar muito. Não acho que ela irá bem nas urnas. Vejo nessa disputa o surgimento de uma nova figura, até então desconhecida na cena política. Mas não sei dizer quem será.

 Podem e vão. Até junho, muita gente graúda deve ir para traz das grades. O juiz Sérgio Moro e sua equipe de investigadores estão agindo com uma força incrível. Trata-se da força de Ogum. Nada poderá pará-los até que eles terminem essa cruzada contra a corrupção.

 O Lula não terá um ano fácil. Mas nenhum será pior do que 2015, que culminou com o depoimento do pecuarista José Carlos Bumlai. Isso foi um grande golpe contra o ex-presidente. E Bumlai deve ter bem mais a dizer.

 As informações que recebo do plano espiritual dizem o contrário. O ano que entra será próspero para a economia e também para a sociedade brasileiras. O setor econômico deve retomar seu crescimento logo depois de passados os primeiros meses de 2016. O brasileiro de bem poderá usufruir de estabilidade em todos os campos. O pior já passou. Mas os fanfarrões da política, os ladrões e operadores de falcatruas, esses sim deverão ter um ano difícil.

 Vai ficar claro para todos os extratos da sociedade que as oportunidades para obter dinheiro fácil irresponsável ou ilegalmente é um caminho  sem final feliz. O Brasil nunca teve a oportunidade de ver como o dinheiro sujo pode fazer mal. Todos estamos aprendendo. Nossa política vai ganhar mais respeito interno e externo. Colheremos esses frutos logo. Os brasileiros e o Brasil. Mas antes ainda muitos escândalos devem tomar os noticiários durante os primeiros meses do ano, principalmente. Ainda tem gente grande que precisa pagar pelos erros.

 Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro serão um sucesso. Receberemos muitas medalhas de ouro e de prata. Não só a cidade do Rio de Janeiro, mas todo o Brasil será imensamente beneficiado pela realização do evento. Não haverá nenhum tipo de problema significativo. Não é necessário haver preocupação com a ocorrência de atentados terroristas. Será uma grande festa do esporte.

 Existe uma onda conciliatória a caminho e ela é de ordem mundial. A tensão no Oriente Médio tende a diminuir. As animosidades devem se arrefecer. Será um ano regido por Oxalá (orixá que no sincretismo é associado a Jesus Cristo), Oxum e Yemanjá. Será um ano de mais introspecção e mais busca pelas necessidades da alma. Trata-se  de um bom ano para pedir ajuda para Deus, inclusive para causas materiais.

 Será um ano inexpressivo para o nosso futebol. A seleção não trará medalha de nenhum dos campeonatos dos quais vai participar. O treinador Dunga vai deixar o time e será substutuído por Tite, atual técnico do Corinthians. A CBF deve sofrer intervenção federal.

 Infelizmente sim. Perderemos, no Brasil, cinco grandes atores, um grande comediante e um ex-presidente. É possível que também tenhamos de nos despedir de um grande comunicador.