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O Facebook bloqueia a cada semana 1 milhão de mensagens que promovem o terrorismo ou ideologias radicais, algo que auxilia no trabalho de fechamento de todas as contas associadas a atividades, afirmou na quinta-feira o responsável pela luta antiterrorista da ONU, Jean-Paul Laborde. "Temos que aprender a nos movimentar pelas redes sociais na mesma velocidade ou mais rápido que as organizações terroristas", explicou Laborde na sede da ONU, após se reunir com representantes da rede social para abordar o paradoxo de proteger os cidadãos e, ao mesmo tempo, manter sua privacidade na internet.

"Esse é um grande desafio para as autoridades da lei, a sociedade civil e as companhias privadas. Devemos encontrar o equilíbrio entre garantir as liberdades e a privacidade da rede, mas ao mesmo tempo é preciso proteger a vida de todos os cidadãos do mundo", explicou.

Laborde afirmou que, para conseguir esse objetivo, é preciso criar novas relações e conexões entre a sociedade civil, os membros das Nações Unidas, e as empresas privadas da internet como Facebook, Google, Microsoft e Twitter. "Um dos campos nos quais primeiro devemos derrotar as organizações terroristas como Estado Islâmico é o da internet e as redes sociais", acrescentou.

Para isso, Laborde anunciou "mais cooperação internacional e coordenação entre os membros das Nações Unidas, as autoridades da lei e o setor privado que controla a troca de informação na rede". "As companhias privadas não querem ser vistas como ruins e estão fazendo muito para ajudar", disse Laborde, que também revelou que o YouTube cancelou pelo menos 14 milhões de vídeos de promoção terrorista nos últimos dois anos.