É o que acontece cotidianamente nas varas de execuções de pena em todo o País. Se um presidiário está no regime semiaberto ou aberto, mas nesse período volta a ser preso, a “cadeia fecha com a queda do novo b.o”, como diz a malandragem nas cadeias. É isso que vai ocorrer agora com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele foi condenado a sete anos e onze meses por corrupção ativa no caso do mensalão. Cumpridos os lapsos temporais legais, passou progressivamente para o semiaberto e aberto. Aí vieram as denúncias contra ele por eventual envolvimento no petrolão. Dirceu está preso pela Operação Lava. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já pediu na semana passada que o STF o regrida (fechar a cadeia) na condenação anterior do mensalão. Trocando em miúdo: somando-se as penas do passado com as que poderão vir no futuro bem próximo, por muito tempo Dirceu só morará e só passeará na cela e no pátio do Instituto Médico-Penal em Pinhas, onde já está recluso.