O haitiano Fetiere Sterlin, de 33 anos, morreu na semana passada por dois motivos (não importa a ordem deles): um, Fetiere é imigrante haitiano; dois, Fetiere é negro. Morava na cidade catarinense de Navegantes há dois anos, era casado com brasileira e voltava de uma festa quando dez jovens na faixa etária de 16 a 19 anos, munidos de barras de ferros e facas, o espancaram na rua até a morte. Entre um golpe e outro gritavam “macici”, termo que significa “homossexual” em crioulo, idioma nativo dos haitianos. Na quinta-feira 22, a polícia apreendeu quatro menores de idade suspeitos de terem participado do crime. Não é a primeira vez que selvageria como essa ocorre na cidade: em 2014, outro haitiano levou cinco tiros, sobreviveu e abandonou o município. Há um ano, em Navegantes moravam 600 haitianos, hoje moram 250.