23/10/2015 - 20:00
Num balanço dos 20 anos do SP Fashion Week – que voltou ao prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera -, Paulo Borges, fundador do SPFW, crava dois verbos que devem ditar a moda na crise. O primeiro é “persistir”. O segundo, requer reticências: “fazer, fazer, fazer…”:
ISTOÉ – O que significam os 20 anos da SP Fashion Week?
Paulo Borges – Persistência nesses 20 anos foi a palavra. Principalmente nesse momento. Precisamos ser resilientes no fazer.
ISTOÉ – Como se inventa moda na crise?
Borges – Quem faz moda vive com o Brasil em crise há 30 anos. Sempre há problemas de tempos em tempos. Não há um plano de proteção, de inteligência. O lado bom é que a moda se defende.
ISTOÉ – Como a moda se defende?
Borges – Por exemplo, o dólar está altíssimo, e isso é bom para a moda nacional. Antes, estava um horror (com a concorrência das grifes internacionais). O mercado consumidor prefere não viajar e compra produto brasileiro. Nesse sentido é melhor. Para cada problema tem 80 soluções. Olha o tamanho do evento. A gente prioriza, corta, se adapta e vamos fazendo. A ordem é: fazer, fazer, fazer…