É compreensível e justificável o permanente estado de alerta e medo que os americanos vivem, e já faz tempo, desde o atentado ao WTC em 2001. Apesar disso torna-se difícil aceitar que, em uma democracia que adota o princípio do “self made man”, muçulmanos sejam vistos de forma generalizada como potenciais terroristas – ainda que se trate de um garoto de 14 anos que é excelente aluno. É esse o caso de Ahmed Mohamed, preso na cidade texana de Irving. Motivo: ele construiu um relógio e o levou à escola para mostrar aos colegas e à professora. O relógio foi por ela tomado sob suspeição de ser uma bomba, e Ahmed se viu algemado e transportado para um centro de detenção juvenil. Tudo esclarecido, houve comoção em boa parte do país e o presidente Barack Obama entrou na história para desanuviar o clima: convidou o garoto para ir à Casa Branca participar da tradicional Noite da Astronomia (reúne cientistas, astronautas, engenheiros). 


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