A migração na Europa tornou-se “questão nacional” para todos os países que são vistos como destino seguro para a recriação da vida com dignidade. A intolerância com migrantes e refugiados também tem-se mostrado comum a diversas nações que os enxergam como ameaça social e econômica. Nenhum país, no entanto, vem reagindo de forma tão violenta e cruel como a Hungria, onde depauperados parecem ser tratados como insetos sob a justificativa dada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán de que seu país “está salvando os valores cristãos”. A repressão chegou ao ápice na quarta-feira 16 com a oficialização das leis contra a imigração ilegal, sobretudo na fronteira com a Sérvia: polícia e forças de segurança húngaras valeram-se de gás lacrimogêneo e canhões de água contra os imigrantes e prenderam cerca de mil pessoas. A cada momento, mais gente se aglomera do lado sérvio, gente que na quinta-feira já buscava a Croácia como corredor para a Alemanha e a Suécia.