Problemas de comunicação
Guerra, guerra mesmo está sendo a substituição de Andrea Matarazzo no comando da área de comunicação do governo federal. Para o público externo, a versão do publicitário Luiz Macedo, da MPM, é a de que desistiu do cargo por problemas de saúde. Para os seus amigos, no entanto, a versão é outra. Saiu porque os políticos (especialmente o ministro da Saúde, José Serra) não estariam deixando que ele montasse sua equipe. Mas não é só um problema de equipe. A área é hiper-sensível. O publicitário Nizan Guanaes, por exemplo, havia perdido influência desde a posse de Matarazzo. Agora voltou a ter peso junto a FHC e quer ter voz e voto na Secretaria de Comunicação. Mas Serra, que anda às turras com Nizan e era aliado de Matarazzo, acha que, às vésperas da campanha presidencial, não é hora de abrir espaço para um publicitário ligado a seus adversários dentro do governo. Leia-se Tasso Jereissati e Roseana Sarney. Ou seja, vêm aí momentos de pura emoção.

O prédio da discórdia
Depois de ter vencido a licitação e erguido boa parte da estrutura da nova sede do Tribunal Superior do Trabalho em Brasília, só agora a empreiteira OAS descobriu que não tem condições técnicas para concluir o prédio. Com um custo previsto de R$ 31,4 milhões, o edifício de seis andares prevê uma complexa laje – curva como um bumerangue e com 200 metros de comprimento. A empreiteira insiste em alterar o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, coisa que o TST só aceitava discutir antes de se iniciar a obra.

Muito esperto!
Na terça-feira passada – uma semana depois que o rolo compressor governista arquivou todas as investigações contra ele no Senado Federal –, o ex-ministro Eduardo Jorge enviou aos senadores uma carta. Nos seguintes termos: “Autorizo o Banco Central a fornecer à Comissão de Fiscalização, se esta assim o desejar, relação de todas as contas que possuo ou que já possuí no sistema financeiro nacional, inclusive com os extratos das contas que eu porventura não tenha apresentado.” Agora é tarde.

A ira de Tasso
O governador do Ceará, Tasso Jereissati, começou o final de semana com a garganta rouca. Tudo porque falou demais ao telefone depois que o ministro José Serra barrou o lançamento das pré-candidaturas tucanas no horário gratuito do PSDB. Um telefonema, em especial, forçou as cordas vocais de Tasso. Foi aquele de quarta-feira 7, quando trocou desaforos com o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Magalhães Júnior.

O veto de Sarney
Um dos nomes que o publicitário Luiz Macedo queria nomear e que foi vetado: o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Paulo Mandarino. Seria o chefe de gabinete do novo secretário de Comunicação do Planalto. Mas o ex-presidente José Sarney protestou. Em tempos de fortalecimento de Roseana, a área política do Palácio preferiu não mexer nesse vespeiro.

Traduzindo K
Do leitor Hugo Orrico, da Orrico & Associados Attorneys at Law and Business Consulting, sobre a agenda de Alexandre Paes Santos com nomes de deputados ao lado de números e da letra K: “Chamou-me atenção a matéria onde se especula o significado de K (…). O K é utilizado corriqueiramente por todas as empresas americanas em seus relatórios internos, significando “mil”. Logo, U$ 4,5 K ou 4,5 K US$ significam 4.500 dólares americanos.” Ah, bom…

Rápidas

O líder do PMDB, Geddel Vieira Lima, reuniu-se com o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. Na pauta, a escolha de um técnico para ministro dos Transportes.

O cantor e compositor Almir Sater decidiu entrar na política. O violeiro acaba de fechar com o PPB sua candidatura ao Senado pelo Estado do Mato Grosso do Sul.

Os diretores-eleitos da Previ (leia-se a bancada petista do Fundo de Pensão) concluíram devassa no complexo hoteleiro baiano da Costa do Sauípe. Um relatório com cobras e lagartos.