O texto de Alfred Uhry, de sotaque americano mas de conteúdo universal, vem a calhar nestes tempos de terrorismo e desumanidade generalizada. Fala do nascimento de uma relação de afeto entre a mal-humorada patroa judia, Daisy, e seu motorista negro, Hoke, magnificamente interpretados por Nathalia Timberg e Milton Gonçalves. Com engenhosas soluções cenográficas de Alexandre Murucci, que permitem ao público compartilhar das cenas em três espaços simultâneos, incluindo a estrutura metálica de um carro, a peça descreve a sutil e gradual transformação da teimosa Miss Daisy, provocando risos e emoção. (Claudio Fonseca)
Vale a pena