Há uma música cantada por Maria Bethânia na qual ela diz: “Eu gosto de ser mulher.” Cai como uma luva em Luís Roberto Gambine Moreira: não há quem possa duvidar de que ele goste mesmo de ser mulher. Primeiro ele fez na Inglaterra uma cirurgia de mudança de sexo, isso nos idos de 1989. Anatomicamente tornou-se mulher. Desde então se passaram 16 anos e durante todo esse tempo Luís Roberto não desistiu de brigar na Justiça pelo seu direito de ter certidão de nascimento, RG e CPF com nome feminino. Agora a 9ª Vara de Família do Rio de Janeiro acaba de reconhecer esse direito. E assim Luís Roberto Gambine Moreira passa agora a ser oficialmente a cidadã Roberta Gambine Moreira. Para o grande público, ela continua a ser carinhosamente Roberta Close. “O verdadeiro sexo de uma pessoa é o seu sexo psicológico. A Roberta sempre foi feminina”, diz a sua advogada Tereza Rodrigues Vieira, doutora em direito pela Universidade de Paris.