De Nova York, onde mora há mais de uma década, a ex-ministra da economia no governo Collor, Zélia Cardoso de Mello, definiu à coluna que o momento de baixa popularidade da presidente Dilma “são os ossos do ofício”. Zélia, que vive na memória dos brasileiros como a ministra que confiscou a poupança, diz que não pensa em voltar ao meio político. Ela diz que tem vibrado com as homenagens ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Ele lançou as bases institucionais do que hoje é o Brasil democrático. Sua participação na economia e no estado brasileiro foram fundamentais”. Num rápido bate-papo, Zélia diz como vê o Brasil de 2015:

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ISTOÉ – Como a senhora vê o momento brasileiro?
Zélia –
Vejo o momento com muita preocupação. Acho que o ministro Joaquim Levy está fazendo tudo certo. Vamos torcer para que os políticos
dêem a ele o tempo que ele precisa para que as medidas tenham efeito e que o Brasil volte a crescer.

ISTOÉ – E a instabilidade política com a baixa popularidade da presidente Dilma?
Zélia –
Ossos do ofício, né? O importante é que os políticos e o congresso apóiem o programa de ajuste fiscal. Se isso acontecer nós temos uma possibilidade de crescer. Se não…

ISTOÉ – Continuará morando em NY?
Zélia –
Continuo em Nova York, fazendo consultorias.

ISTOÉ – Pensa em voltar para o universo da política?
Zélia –
De maneira nenhuma.