O empresário Eike Batista, que já foi o homem mais rico do Brasil e sétima fortuna do mundo, começou a semana declarando publicamente que “em termos líquidos estou com patrimônio negativo de US$ 1 bilhão”. Na quarta-feira 18, em tese, ele entrou no vermelho em mais R$ 1,4 milhão – valor da multa decorrente de condenação em quatro processos administrativos junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A CVM o multou porque entende que ele foi pouco claro nos comunicados ao mercado no momento em que operava uma atípica movimentação de compra e venda de ações e demais papéis. Em sua defesa alegou-se que muitas dessas operações não foram divulgadas porque corria-se o risco de perda de oportunidades que eventualmente poderiam salvar suas empresas que navegavam num período crítico. Tomando-se a cotação do dólar a R$ 3,30 na quinta-feira, a multa não parece ser preocupante: é troco diante do vermelho na casa dos R$ 330 bilhões que ele declarou no início da semana.