Com aumento de 280% na incidência da dengue entre a população, a cidade paulista de Piracicaba se torna pioneira no combate à doença valendo-se de um método original – a alteração genética do mosquito envolvido na transmissão do vírus. Somente a fêmea do Aedes aegypti funciona como vetor de contágio. Ela acasala apenas uma vez e vive 45 dias. Os pesquisadores mudaram geneticamente cinco mil mosquitos machos que estão sendo soltos na cidade. De seu cruzamento com a fêmeas virá uma nova geração de Aedes aegypti que morrerá logo após o nascimento. Esse processo irá se repetindo e, de geração em geração exterminada, o mosquito acabará defi nitivamente extinto como espécie. 

Com a confirmação de 44.410 casos de dengue, o estado de São Paulo entrou na quinta-feira 5 no mais grave quadro epidêmico dessa doença
– em 2010, ano de maior incidência, foram registrados 46.816 episódios. Na semana passada, pelo menos 50 cidades estavam afetadas.