O badalado Posto 9 na praia de Ipanema foi perdendo a graça. Os animados forrós da Feira de São Cristóvão foram cansando. Cursar burocraticamente a Faculdade de Jornalismo Hélio Alonso tornou-se bobagem. Munida de um celular, lá se foi a universitária Cláudia Cordeiro, 26 anos, engrossar o acampamento do MST na cidade fluminense de Campos. O acampamento chama-se Oziel Alves, nome do sem-terra morto a coronhadas por um PM na chacina de Eldorado do Carajás em 1996. Pelo celular ela conversou com ISTOÉ:

ISTOÉ – Como está a vida aí no acampamento?
Cláudia –
Difícil. Não tem água, a comida é pouca, não existe financiamento para plantio. Falta médico para os doentes.

ISTOÉ – Por que a mudança radical?
Cláudia –
Precisava saber como vivem os sem-terra. Vou desenvolver um projeto de comunicação para eles, é importante saber se o melhor é um jornal ou outra forma de mídia.

ISTOÉ – Quanto tempo você ficará aí?
Cláudia –
Quem sabe eu não viro uma sem-terra? .