Os acionistas do Banco Itaú, o segundo no ranking das instituições privadas, estão rindo de orelha a orelha. Pelo segundo ano consecutivo, o banco presidido por Roberto Setubal foi o primeiro colocado em lucratividade. Divulgado o resultado das atividades no ano passado, o Itaú comemora o polpudo lucro de R$ 1,84 bilhão. Apesar de muito bom, não chega a ser o melhor da história do banco. Ficou, no entanto, muito próximo do recorde registrado em 1999, quando o lucro atingiu R$ 1,87 bilhão. A diferença é que no exercício do ano passado não houve o empurrãozinho da desvalorização do câmbio, que no ano anterior representou um lucro extra considerável – R$ 350 milhões –, já que o Itaú estava bem posicionado na ocasião.

A estratégia do banco para compensar os juros menores e a falta de grandes mudanças no câmbio foi ser mais ofensivo na concessão de empréstimos. Os créditos fornecidos pelo conglomerado atingiram no ano passado R$ 27,3 bilhões – 36% a mais que em 1999.

Um dos segmentos de maior crescimento foi o de financiamentos para a compra de veículos, com um avanço de 70%. Para este ano, o banco pretende centrar fogo nas suas operações com empresas. Por exemplo, criando uma área para atender o segmento de pequenas e médias empresas com faturamento anual entre R$ 500 mil e R$ 4 milhões.