Aquela cinturinha de pilão, que dá a forma de violão ao corpo feminino, está voltando à moda. Depois de um longo reinado da silhueta quadrada, engessada por muita malhação, as mulheres estão de olho em uma modalidade de lipoaspiração que retira não somente a indesejável saliência da barriga, mas também o excesso de gordura das costas e dos flancos laterais. Nos consultórios, a procura por esse tipo de lipo é grande. “Chego a operar cerca de 20 mulheres por mês”, diz o cirurgião plástico carioca Marcelo Daher.

Na cirurgia, o médico pode reduzir cerca de 3,5 centímetros de cada lado da cintura. “É o tipo da aspiração que proporciona uma silhueta difícil de adquirir só com ginástica”, observa o cirurgião Ivo Pitanguy. “Os resultados são muito melhores com a operação”, acrescenta o cirurgião plástico Paulo Müller.

O método usado pela maioria dos cirurgiões plásticos é o da hidrolipoaspiração, que consiste na injeção de um líquido no local a ser aspirado para reduzir o volume de sangue que sai junto com a gordura. “Esse líquido comprime os vasos, evitando muito sangramento”, explica Daher. O resto não difere das lipoaspirações comuns: na área desejada, é feita a introdução de uma cânula de três milímetros, ligada a um aparelho de vácuo, que faz a sucção da gordura. Como a anestesia é peridural, o paciente volta a ter sensibilidade em até oito horas após a operação. Esse tipo de cirurgia custa entre R$ 6 mil e R$ 8 mil e demora cerca de duas horas e meia. O repouso é de duas semanas, mas, em geral, depois de três dias já há melhora do estado geral. Vida normal, sem manchas roxas, após um mês.

 
Tatiana tirou três litros de gordura da cintura, emagreceu sete quilos e voltou a abusar dos biquínis

Tatiana Blandy de Oliveira, carioca de 20 anos, por exemplo, se submeteu à lipo da cintura no início de dezembro e está sem nenhum vestígio da operação. Foram sugados três litros de gordura de sua cintura, o suficiente para fazer seu manequim baixar de 42 para 36. “Secou tudo”, resume. Entusiasmada com o corpinho violão que adquiriu, aproveitou para fechar a boca, e o saldo foram sete quilos a menos. Agora, Tatiana voltou a frequentar a praia e virou freguesa dos mais ousados biquínis.

Muitas mulheres estão aproveitando para fazer uma verdadeira remodelação. Afinal, além do sonho de uma cinturinha mais fina, várias passam a vida fazendo abdominais, mas não conseguem se livrar da desagradável curva na altura do abdome. É o caso de Camila Ohana Marques, carioca de 22 anos. Ela fez lipoaspiração nas laterais da cintura, nas costas e na barriga. “Deu até uma levantada no bumbum”, festeja. Para uma cirurgia com resultados tão satisfatórios, o sofrimento não é dos maiores. Camila passou os primeiros dois dias de cama e depois voltou a andar. Ficou um mês usando cinta até voltar à vida normal. “Perdi dez centímetros de cintura e fiquei muito feliz”, completa.