Fotos: divulgação
As madeixas de Mariana (dir) e Janaína são um sucesso na praça

Longas madeixas, provocativas, sobre o corpo nu das mulheres sempre mexeram com a fantasia masculina. Cabelos curtos e, de preferência, malcortados, continuam na moda, mas agora têm dividido a atenção com apliques e megahair. No primeiro caso, as mechas são grudadas na cabeça com pequenos pentes, grampos, clipes ou redes. Recursos da cantora Sandy, das atrizes Camila Pitanga e Flávia Alessandra e da apresentadora Roberta Close, as mechas são usadas para mudar levemente o visual ou apenas para enchimento. Já o megahair é mais radical. O cabelo é preso ao couro cabeludo com cola de silicone, fio por fio, num trabalho que pode levar até 12 horas. A intenção é obter um look totalmente natural. Ana Paula Arósio, Carla Perez, Danielle Winits, Elba Ramalho e Alcione aderiram a ele.

Carlos Magno
Michelle aumenta as melenas para ficar diferente

As personagens da novela das 7 da Globo Um anjo caiu do céu abusam do visual amazonas. A personagem Carol, de Mariana Hein, usa duas enormes maria-chiquinhas, que se transformaram em sucesso entre a moçada. A atriz caloura Janaína Lins encarna a modelo Jô, que não vai a uma festa sem apliques dourados. No mesmo folhetim, a personagem Laila, vivida por Christiane Torloni, também alterna o rabo-de-cavalo comprido, a franja e o chanel artificial. “Ela é totalmente anos 70, época em que o cabelo era quase um acessório, como brincos”, afirma a figurinista da novela, Emília Duncan. Pois eles estão cada vez mais valorizados como acessórios. A tendência, de acordo com o expert em megahair Carlos Cabral, da Maison Esmell, no Rio, é variar o visual, radicalizar. Mas a figurinista Emília avisa: “A idéia é não fingir que o cabelo é natural, a variação tem que ser usada sem culpa.”

Como no Carnaval o cabelão faz parte do glamour das fantasias em desfiles e bailes, a onda de alongar cabelos nos salões vende como pãozinho quente em padaria. O preço dos apliques pode variar entre R$ 100 (rabo de cavalo ou trança) e R$ 3 mil (cabeça inteira). Já o megahair custa entre R$ 400 (colocado na parte de trás da cabeça) e R$ 2 mil (cabeça inteira) e dura de dois a três meses. Em ambos os casos, pode-se optar por fios sintéticos ou naturais, que custam o dobro. “O cabelo comprido dá um ar de gata em teto de zinco quente”, explica o cabeleireiro Sócrates Nolasco, também da Maison Esmell. A modelo Michelle Mollon, 19 anos, recorre ao alongamento sempre que quer ficar diferente. Loura, já colocou aplique negro numa festa em que queria ficar parecida com a atriz Catherine Zeta-Jones, mulher de Michael Douglas. Adepta do megahair, agora ela escolheu um longo e romântico. “É da cor do meu cabelo!”, diz. No fim das contas, a impressão que fica é que ninguém mais quer ser só uma pessoa e, sim, várias. Coisas de mundo globalizado.