Psicólogos e psicanalistas talvez não gostem, mas é bem provável que num futuro breve a agressividade seja tratada com eficácia por meio de medicamentos que ajam sobre os neurotransmissores e não mais nas sessões de divã. A pesquisadora brasileira Silvana Chiavegatto (pós-doutorado na Universidade John Hopkins nos EUA) descobriu um mecanismo bioquímico do cérebro que tem linha direta com o comportamento agressivo. Os protagonistas desse processo são duas moléculas neurotransmissoras: o óxido nítrico e a serotonina. Estudando camundongos, Silvana constatou que o medo e a passividade provocam um aumento de óxido nítrico no cérebro. Como a ciência já sabia que a serotonina regula a agressividade, a pesquisadora concluiu que se pode estabelecer uma espécie de reação em cadeia: combinando-se no cérebro a produção de mais óxido nítrico com mais serotonina pode-se desligar no cérebro o impulso agressivo.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias