Foi preciso que ocorresse um massacre com 148 pessoas mortas no Paquistão para que o mundo se desse conta de que o terrorismo fundamentalista dos talibãs está longe de ser extinto. Na terça-feira 16, jihadistas do Talibã paquistanês, facção que integra justamente com afegãos islâmicos o Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), promoveram o maior ataque da história do país invadindo com metralhadoras e granadas a Escola Pública do Exército. Entre os mortos estão 132 crianças e adolescentes, a maioria executada com tiros no rosto. O atentado é em parte fruto de uma política suicida das autoridades do país que por muito tempo aceitaram dinheiro dos EUA para combater grupos de talibãs, mas, de forma inescrupulosa, davam as verbas justamente a tais grupos para que eles lutassem contra o Afeganistão. O primeiro-ministro Nawaz Sharif suspendeu agora a moratória da pena de morte a terroristas, e acha que fez muito.