Henrique Pizzolato diz na Itália que encontrou Jesus, mas no Brasil a sua vida está longe do paraíso. Na quarta- feira 18, a Advocacia-Geral
da União (AGU) apresentou recurso à Corte de Apelação de Bolonha contra a decisão de não extraditá-lo porque
 a Justiça italiana não fora informada se aqui existem penitenciárias capazes de lhe garantir tratamento digno – ele foi condenado pelo STF 
no processo do mensalão a 12 anos e sete meses de prisão,
 e então fugiu do País. Na semana passada o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil deu um testemunho de fé numa igreja pentecostal
da cidade de Módena e foi aplaudido quando declarou que “encontrei em Jesus o meu advogado”. Respeita-se aqui a religiosidade do mensaleiro. Há, no entanto, um demônio rondando: a AGU está expondo desta vez à Corte bolonhesa justamente o que ela pediu – que o presídio da Papuda em Brasília possui condições físicas adequadas para Pizzolato cumprir sua pena.