O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973) sofria de enxaqueca. A afirmação é do neurologista holandês Michel Ferrari, que para isso se baseia nas obras do artista. Ferrari constatou que inúmeros pacientes com enxaqueca apresentam disfunções visuais durante as crises. E comparou essas disfunções aos rostos distorcidos e intencionalmente desproporcionais que Picasso pintou. O neurologista Ferrari dá como exemplo duas das mais famosas obras do artista: Mulher que chora e Retrato de uma mulher de chapéu, pintadas no final da década de 30. “Creio que a doença influenciou o estilo genial de Picasso”, diz ele.