Um cidadão de Cingapura (nome não revelado, à esq.) padecia de dores lancinantes decorrentes de complicações renais. Tinha na esposa, no entanto, o contraponto da dor – “carinho e compreensão que, se não funcionam como sedativos para o corpo, são analgésicos da alma dos enfermos”. Assim falava o marido, e a gentil senhora até conseguiu que seu irmão doasse um rim. Transplante feito, a dor no rim melhorou, mas sobreveio outra, dor que dói na cabeça e no corpo inteiro: na terça-feira 5 o cidadão descobriu que o cunhado, o bondoso cunhado!, nunca doou coisa alguma, muito menos um rim. Morto por atropelamento, esse cunhado foi parar na mesa de necropsia e lá estavam os dois rins inteirinhos. Na verdade, quem doou-lhe o órgão foi um outro homem que ele então veio a saber: é o amante de sua mulher. Mais. O casal tem um filho de seis anos. Ai: seis anos é o tempo que já dura a traição.