Na semana passada, o Afeganistão, que já foi governado por extremistas do Talibã e convive com a intervenção militar americana desde 2001, mostrou ao mundo exemplo disso. Depois de três meses de impasse, o economista Ashraf Ghani foi proclamado vencedor das eleições presidenciais, disputadas em junho – o processo estava paralisado porque Ghani e o candidato rival, Abdullah Abdullah, trocavam acusações de fraude no pleito. Finalmente, o consenso: Ghani assumirá a Presidência do país, enquanto Abdullah será o responsável pelo governo de unidade local. O pacto foi mediado pelo secretário de Estado americano, John Kerry. ONU, Casa Branca, Otan, Irã e União Europeia manifestaram apoio ao acerto, enquanto o Talibã considerou uma armação inaceitável orquestrada pelos EUA.