Das inúmeras ficções inventadas à época da ditadura militar no Brasil para acobertar a morte de presos políticos que entravam com saúde para prestarem depoimentos em repartições como o Doi-Codi e de lá saíam sem vida, uma está prestes a ser esclarecida e seus responsáveis, punidos. O Ministério Público Federal de São Paulo apresentou denúncia por homicídio doloso qualificado contra três militares, entre eles o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do órgão de repressão de setembro de 1970 a janeiro de 1974, pela morte do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, em julho de 1971. Merlino era integrante do Partido Operário Comunista e não resistiu às sessões de tortura a que foi submetido. O médico legista que assinou os laudos também foi denunciado.