Galã de tevê (Reynaldo Gianecchini vivendo a si mesmo) é sequestrado por grupo de jovens e aceita o desafio de desconstruir o mito que se formou em torno dele. Para tanto, Gianecchini (ator ou personagem?) chega a se sentar na privada, faz voz de criança e recebe jorros de ketchup no rosto. A certa altura, grita: “Sou lindo, sim, e daí?”, transformando o palco num grande divã. Como sempre, em se tratando de uma peça de Gerald Thomas, há uma profusão de boas idéias e outras nem tanto. Mas não espere nada que passe pela via da compreensão. O próprio Gianecchini, em uma interpretação esforçada, mas sem brilho, livra o público desta preocupação ficando quase todo o tempo com cara – intencional – de quem não está entendendo nada. (C.M.)
vá se tiver tempo