Para os defensores da pena de morte, vêm dos EUA dois argumentos pragmáticos (e vivos) de que ela pode sim matar inocentes – e é claro que é mais saudável a qualquer sociedade ter culpados soltos do que inocentes presos e executados. Os meio-irmãos Henry McCollum e Leon Brown são tais argumentos: passaram 31 anos numa penitenciária na Carolina do Norte, Henry condenado à injeção letal, Leon sentenciado à prisão perpétua. Eles foram presos sob acusação de estupro de uma garota de 11 anos. A execução não se deu graças à tenacidade de luta da Comissão de Inquéritos de Inocência da Carolina do Norte, órgão sem fins lucrativos. Agora, por meio de exames de DNA, ficou comprovada a inocência dos dois irmãos, a demonstrar que a pena de morte é o mais premeditado dos homicídios. Desde a fase de inquérito, eles alegam inocência e diversos testes apontaram que ambos “sofrem de déficit intelectual”.