Existem atrações televisivas que, por antecedência, já nascem cult. Este parece ser o destino do Programa Vera Loyola, que vai ao ar toda quinta-feira, às 22h, pela CNT. Soltando pérolas de sabedoria emergente, Vera ainda não se habituou a olhar para as quatro câmeras. Mostra-se um pouco perdida, embora sempre desenvolta. No quadro O pão e a baguete, a dona das padarias Biruta entrevista um homem (“o pão”) e uma mulher (“a baguete”). Todos vitoriosos em diferentes ramos. Ao final, o par leva como mimo uma cestinha de pães. Certo dia, por pouco a socialite carioca não incorpora uma Maria Antonieta rápida. Só que em vez de brioches, atirava pão e outras guloseimas à platéia de 150 pessoas.

Vera Loyola ainda tem outros trunfos. Contratou o mordomo Da Silva, interpretado pelo ator Gil Latoreira, que a chama de madame e exagera nos trejeitos de gay dos anos 50. Este é o humor determinado. Mas o melhor mesmo é o humor involuntário. No programa da quinta-feira 7, ela conversou ao telefone com Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta. Ele desejou sucesso e votos de que ela melhore o nível da tevê brasileira. Só podia ser uma piada.