A CPI do narcotráfico está sucumbindo às pressões. Os jornalistas Ricardo Miranda e Ricardo Stuckert, da sucursal de ISTOÉ em Brasília, entrevistaram e fotografaram os deputados que dela fazem parte para a reportagem publicada na página 24 desta edição. Os parlamentares têm medo e vivem cercados de seguranças. Uns andam armados, outros tomam calmantes. Tudo devido às constantes ameaças que recebem do nosso cartel das drogas.

Carla Gullo, editora de Comportamento, e Cilene Pereira, editora de Medicina & Bem-Estar, uniram esforços, muniram-se dos anticorpos emocionais exigidos pelo ofício e foram enfrentar os arrasadores efeitos desse cartel das drogas. E neste caso as vítimas são crianças. Carla, mãe de duas filhas: Clara, um ano, e Helena, três; e Cilene, mãe de Cecília, quase três anos, visitaram orfanatos e falaram com médicos e dependentes para escrever a reportagem da página 114, tema da capa. Para elas não foi tarefa fácil relatar, entre outros casos, a história de três irmãos de um, dois e quatro anos, colocados à venda pela mãe dependente de crack.

Na página 30, a repórter Adriana Souza Silva estréia no time de ISTOÉ, vinda do jornal Folha de S.Paulo. Ela e Ines Garçoni descrevem como foi a briga de rua, ou melhor de praça, que envolveu, de um lado, a ira desafiadora do governador de São Paulo, Mário Covas, e de outro a estupidez de um pequeno grupo de professores em greve. O embate proporcionou um lamentável espetáculo diante da Secretaria Estadual de Educação, em plena praça da República, no centro São Paulo.

Um outro lado da mesma novela é contado pelo editor de Educação, Gilberto Nascimento, na reportagem da página 56, sobre professores obrigados a ter outras profissões para complementar a sua renda. As histórias contadas por Gilberto são muito mais veementes do que as cadeiradas da praça da República.