Tinha aratu, biju e lasquinhas de tapioca. No jantar em torno do pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, na casa do empresário João Doria Jr, a vice da chapa, Marina Silva, pouco comeu. Beliscou arroz integral, aspargos e abobrinha. Mal tocou no palmito, que não digere bem. Na saída, Marina tentou explicar quem é quem no casamento da “tapioca” com o “açaí”. Assim definiu há um mês sua aliança com Campos: “O açaí é mais moreninho”, disse ela, apontando para si. O prato típico do Norte, porém, é uma tigela de creme de açaí salpicado de tapioca. Ou seja, há muito mais açaí do prato. “Mas eu quis dizer a sementinha do açaí”, desconversou. Marina não foi convidada a falar no púlpito, após Eduardo Campos. O governador Geraldo Alckmin, de olho na aliança com o PSB no Estado, falou e cobriu Campos e Marina de elogios. Aécio não foi mencionado em seu discurso.

Um Itaú de diferença
No jantar, Campos e Marina ficaram separados em duas mesas paralelas. Foi inevitável a comparação com o jantar anterior, de Aécio Neves, promovido por Doria há um mês. “Este tem um
Itaú de diferença”, brincou um convidado. Na mesa com o ex-governador de Pernambuco, estavam os banqueiros Roberto Setubal, do Itaú, e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, além de Jorge Gerdau e Constantino Junior, da Gol. Setubal não estava no jantar para Aécio.

“‘Volta Lula’ é mais tática do que estratégia”
Ao deixar a mansão, por volta da meia-noite, o ex-governador de Pernambuco disse que não acredita no “Volta Lula”. “Mas saberemos em 60 dias se ele será candidato. Acho que isso é mais tática do que estratégia.” Por definição, tática vem do grego taktiké
ou téchne. Quer dizer arte de manobrar (tropas) como parte de uma estratégia. O tempo dirá. (mais no site www.istoe.com.br) 

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