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O governador da Bahia, Jaques Wagner, disse que foi “culpa” de sua mulher, a primeira-dama Fátima Mendonça, a foto estampada na capa dos jornais na semana passada, em que aparece limpando o rosto da presidente Dilma.  “Vi que seu rosto ficou marcado com o abraço que deu numa índia que se formou e estava toda pintada. Tirei da bolsa o lencinho umidecido e pedi a Jaques para limpar a mancha”, contou ao seu lado a primeira dama baiana, sempre risonha, ao chegar à Ilha de Comandatuba.

Na manhã desta sexta-feira 2, coube de novo a Jaques Wagner, como anfitrião de seu Estado e único petista da mesa, limpar manchas lançadas sobre Dilma diante de 300 empresários. Era o debate entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) no Fórum empresarial do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Convidada, Dilma declinou do convite. O vice-presidente Michel Temer, confirmado entre os oradores na programação, também não foi.

Sob críticas de Aécio Neves e Eduardo Campos, alinhadíssimos, e a defesa deles pela experiência da gestão privada na administração pública, Jaques pediu a palavra. “Não vou aqui defender nem Lula nem Dilma. Na hora certa, eles o farão. Mas minha preocupação aqui é lembrar que ferramenta de gestão não tem ideologia. Aqui faço muitas parcerias público-privada. Não vamos vender ilusão”, protestou o governador baiano, ex-ministro do trabalho e das relações institucionais do governo Lula. “Não comprem a ilusão que é possível fazer gestão política como se faz gestão empresarial. Vamos parar de hipocrisia. No setor público, existe estabilidade e existe voto. A reforma tributária é necessaria, mas o maior problema brasileiro chama-se desigualdade social.”

A fidelidade ao ex-presidente Lula não tira de Wagner a defesa, sem jogo de palavras, ao direito à reeleição de Dilma. Mas ele também admite o “fogo amigo” dentro do PT, sob as vestes de “desejo amigo”. “Há quem considere o Lula melhor que qualquer outro candidato”, disse Wagner a IstoÉ.  “Mas não existe essa história de que se ele entrar na disputa, a eleição acabou.” Wagner sustenta que sempre acreditou no caminho da naturalidade. Na política e na vida. “A democracia não pode depender de um único ser humano. O natural, agora, é que a presidente Dilma busque a sua reeleição.” Wagner disse que já conversou com o ex-presidente sobre o assunto. “Eu estive com Lula e disse a ele para não ser candidato agora”, afirmou. Mas ele pediu a opinião? perguntamos. “Para continuarmos fortalecendo as instituições, em geral, e o nosso partido, em particular, é preciso oxigenação.”

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A seguir trechos da entrevista:

IstoÉ – Como vê o crescimento de Aécio Neves e as propostas dele (redução do ministério, fim da reeleição e mandato de cinco anos, projeto de reforma tributária em seis meses de governo, flexibilização da discussão da maioridade penal)?

Jaques Wagner – Aprendi com Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central). Ele dizia: “Para o chuveiro chegar na ponta a água quente leva um tempo. Então não adianta ficar fazendo mandamento de regra que as coisas não funcionam assim.” Elas funcionam com outra ótica. Mas acho que ele (Aécio) tem o direito de prometer o que quiser. Se ele vai cumprir, primeiro ele precisa ganhar a eleição.

IstoÉ -Como avalia a queda de Dilma nas pesquisas?

Jaques Wagner – Não conheco nenhuma eleição que você consiga visualizá-la antes de julho,  particularmente antes do programa de televisão. Até o programa de televisão, tudo é especulação. É óbvio que ela (Dilma) caiu, mas isso não é estável. Cada pesquisa é a fotografia de um momento, eu sou o exemplo disso. Comecei minha campanha com 4% e o adversário com 74% e ganhei no primeiro turno. É óbvio, tem o episódio da Petrobrás, tem o episódio de não sei o que lá. Cada momento tem uma reação do eleitorado. Então tá zangado e vira as costas. Mas isso não quer dizer que ficará assim até lá.

IstoÉ -E a questão do ‘Volta Lula’?

Jaques Wagner – O estilo do Lula é um estilo de agregar. O estilo dela é um estilo diferente. É um estilo… mais gestor. E o Lula mais político. Apesar do que, assim como Lula aprendeu de gestão, óbvio que ela incorporou a política no dia-a-dia dela. ‘Volta Lula’ é assim: se pinta um candidato na pesquisa com 35% e outro que pinta com 50%, deputado estadual, federal, senador, governador está querendo o que? Um guarda-chuva maior da sua própria eleição. O pensamento é esse: opa, aqui vou ficar mais confortável. Até porque dizem: se for Lula, a eleição acabou.

IstoÉ – Mas concorda que existe uma sensação de ‘fogo amigo’?

Jaques Wagner – Não é fogo amigo. É desejo amigo.

IstoÉ -Como define o ‘desejo amigo’?

Jaques Wagner -As pessoas preferem ter um conforto maior. Como Lula aparece em qualquer pesquisa melhor do que qualquer outro político brasileiro, ele é campeão. Eu falo aqui, porque falo isso para ele. Uma democracia não pode ficar refém de um ser humano.

IstoÉ -E o que o senhor fala para ele?

Jaques Wagner – Que eu acho que ele não tem nada que voltar.

IstoÉ -Mas ele quer?

Jaques Wagner -Eu nem pergunto se ele quer. Eu falo antes dele falar. Mas nunca vi manifestação dele querendo. Justiça se faça. A pessoas ficam falando: volta Lula. Por isso que digo que a naturalidade na política é o melhor caminho sempre. E a naturalidade da política é a candidatura dela à reeleição. Segundo, não podemos construir a ideia, e repare que até os adversários do PT reclamam disso. Eu acredito em democracia como instituição forte. E portanto com oxigenação de alternância de pessoas.Não podemos ficar na idolatria. Sou amigo do Lula há 36 anos. Nem sempre o cara entra em campo e faz o jogo que os outros esperam. Não tem eleição ganha de véspera. Eu não acho que se o Lula entrar acabou a eleição. Isso é uma bobagem, gente.

IstoÉ – Por que é uma bobagem?

Jaques Wagner – Eleição é fundamentalmente paixão. Muito mais do que racionalidade. E a paixão escorrega em qualquer episódio e qualquer momento. Ninguém define uma eleição por uma conta matemática. É outra coisa que define a eleição. Não estou dizendo que eu tenha nada contra o Lula, mas eu sou pela naturalidade. Repare, Eu preferia que Dilma não tivesse caído nas pesquisas, mas eu sou suspeito: aqui (na Bahia) ela não caiu nenhum ponto. Subiu um na pesquisa que eu fiz. E ela aqui tem 75% dos votos válidos. 

 

"A morte não se supera. Você convive com ela", diz Viviane Senna, 20 anos após morte de Senna

 

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Nesta quinta-feira, 1o de maio, 20 anos da morte de Ayrton Senna, Viviane Senna, irmã do ídolo e presidente do instituto Ayrton Senna, escolheu passar a data cumprindo atividades no Fórum de Comandatuba do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), na Bahia.  Ao chegar no embarque no Pavilhão das Autoridades no aeroporto de Congonhas, em São Paulo,  Viviane conversou longamente com ex-piloto Emerson Fittipaldi, que também embarcou para o Fórum comandado por João Doria Jr.

Depois, engrenou papo com o empresário Jorge Gerdau, também um dos convidados do Fórum. que embacou ao seu lado para a Ilha de Comandatuba no voo das 9h. Durante o almoço, foi cumprimentada por inúmeros convidados pela data. Todos, praticamente, tinham uma história para contar sobre o dia da morte Ayrton Senna. Viviane se emocionou diversas vezes durante o dia. Sua filha, Paula Senna, esteve na homenagem ao piloto na curva de Tamburello, em Imola, na Itália, onde aconteceu o acidente fatal.

Amanhã (sexta-feira 2), Viviane assiste ao debate dos pré-candidatos a presidência Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), com a presença de Marina Silva (vice na chapa de Campos) e do vice-presidente da República, Michel Temer. O tema é agenda para o desenvolvimento do Brasil.

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Viviane conversou com a coluna. A seguir, ela fala sobre a pesquisa que aponta Senna como o principal herói nacional e fala da perda do irmão.  No final da entrevista, a cantora Fafá de Belém se aproximou para contar a história que viveu no dia morte de Senna. As duas se emocionaram. Leia a seguir:

ISTOÉ – Como você vê o resultado da pesquisa do Datafolha que indica que Ayrton Senna é tido por 47% dos brasileiros como o maior herói nacional?

Viviane Senna – A despeito de ter 20 anos em que não está presente, o Ayrton continua muito forte no imaginário, na mente e nos corações das pessoas. Isso ocorre de uma maneira quase inexplicável, tanto tempo depois. O que eu entendo é que a gente não está tratando de um ídolo, de uma celebridade nem de uma personalidade. A gente possivelmente está tratando de uma coisa que já passa disso. Entra no nível mítico. São aquelas figuras que ultrapassam o tempo e o espaço. Já estão na categoria do mito mesmo. Acho que o Ayrton acabou entrando nessa vibe.

ISTOÉ – É curioso porque outros ídolos comparáveis como Pelé estão vivos…

Viviane Senna – É verdade. É uma conexão afetiva de memória que você não tem normalmente.  Quem não se lembra onde estava no dia do acidente? Muitas pessoas me contam. Eu acho isso impressionante. Cada pessoa sabe exatamente onde estava, o que estava fazendo naquele momento. Então eu acho que Ayrton está colocado pelas pessoas num outro plano, que eu diria que é mítico. Ele não se atrela ao tempo. 

ISTOÉ – E como interpreta a informação de que pessoas jovens que não viram Senna correr a consideram o principal herói do País?

Viviane Senna – Eu descobri que é um fenômeno geracional de pai para filho. Os pais contam para os filhos o que Ayrton era. É exatamente essa experiência: o documentário sobre Ayrton que foi superpremiado, por exemplo. Muitos amigos meus comentaram comigo que assistiram ao filme durante um voo do Brasil para Alemanha ou Canadá. Isso estava passando essa semana. Ouvi de amigos que choraram no voo ao assistirem o documentário. Ainda brincaram: “Ainda bem que era de noite e ninguém me viu chorar”. E aí esses mesmos amigos chegaram em São Paulo e compraram o DVD do documentário para que os filhos assistissem, todos juntos. E, como eles, muitos pais querem contar a seus filhos. É uma coisa assim de valores que os pais passam para os filhos através de uma história real. Você não dá uma aula de valores. Você mostra a história e vê ao vivo e a cores o valor da persistência, da garra. Não é um conceito. É uma história de vida. 

ISTOÉ – E para você? Como está sendo o dia de hoje?

Viviane Senna – Pois é, eu estava chorando aqui no começo do almoço, conversando com as pessoas. (Viviane estava na mesa de João Doria Jr., ao lado da cantora Daniela Mercury). É bem paradoxal. É uma situação de perda muito profunda. Ao mesmo tempo, você se tem um carinho das pessoas. É uma solidariedade, um aconchego e um acolhimento que vem junto. É uma coisa assim bem… (Viviane interrompe a fala, mareja os olhos e se emociona).

ISTOÉ – Para você, é como se tivesse acontecido ontem?

Viviane Senna – Olha, a morte não é uma coisa que você supera. Você convive. Você vai encontrando uma maneira de conviver com algo que no fundo, no fundo é muito anti-natural: uma pessoa jovem morrer. Como Ayrton morreu, outros tantos morrem. Vem um sentimento anti-natural mesmo.

ISTOÉ – Você está aqui no Fórum de Comandatuba, entre centenas de convidados. Preferiu estar aqui? Sua família planejou alguma coisa, algum encontro para hoje?

Viviane Senna – Eu queria não falar sobre isso.  Muito difícil para mim. Não queria chorar de novo. Estou tentando ficar bem, para não dar vexame aqui (ela sorri). Não queria mexer muito nisso.

(Nessa hora, a cantora Fafá de Belém se aproxima de Viviane: “Posso dizer que eu sou sua fã? Tenho que contar uma história que vai me fazer chorar. Há 20 anos, eu peguei um avião para passar uma semana na Provence, na França. Cheguei em Marseille, e a cidade estava inteira com as portas fechadas a meio palmo. Era um domingo. Dia 1o de maio de 1994. Nada acontecia. Marcelle inteira fechada. Todos os restaurantes, lojas, todos os lugares, com a porta pela metade. Finalmente cheguei a um hotel que estava com a porta aberta e perguntei: “O que está acontecendo na cidade?”  O recepcionista pegou meu passaporte e disse: “Você é brasileira? O Senna morreu”. 

Eu, a doida, que tinha lido pouco tempo antes sobre a recuperação do rio Tâmisa, em Londres, respondi: “Mas o Tâmisa também.” (emocionadas, Fafá e Viviane morrem de rir quando a cantora reproduz o diálogo do passado).

E só depois eu entendi que ele tentava me contar que a cidade estava de luto porque Ayrton Senna havia morrido. A França inteira chorava. Eu fiz uma viagem que não aconteceu. Por uma semana não existia vida na França. Era só isso que eu queria lhe dizer.”

Enquanto Fafá se despede, a artista plástica Bia Doria, mulher do empresário João Doria Jr., se aproxima e conta como foi o seu dia 1o de maio de 1994. Conta que estava grávida e ouviu a notícia pelo rádio. “Chorei tanto que achei que ia perder o meu bebê”. E, Bia comenta com Viviane: já pensou se ele tivesse aqui sem Gente, o que ele estaria fazendo? “Vai ser difícil falar disso hoje”, Viviane se despede. 

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Na fila de embarque

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Na fila do embarque para o Fórum de Comandatuba do Lide na Bahia, no Aeroporto de Congonhas em São Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) comentou o pacote de medidas anunciadas ontem pela presidente Dilma Roussef. Cogitado para ser o vice na chapa de Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidência, Aloysio Nunes disse que Dilma não faz outra coisa há três anos além de atos de campanha:  

Como o senhor avalia as medidas anunciadas ontem pela presidente Dilma, como o aumento de 10% do Bolsa Familia e a reajuste na tabela do imposto de Renda?

Claro que foi um ato de campanha. Ela não faz outra coisa nos últimos três anos. Isso não afeta em nada. O reajuste da tabela do imposto de renda veio atrasado e insuficiente para repor tudo aquilo que está acumulado. O bolsa família tudo bem, eu acho bom que aumente, mas é algo que já esta incorporado no patrimônio daqueles que estão recebendo. Mas a coisa é mais complexa. É uma sensação geral de ‘saco cheio’. O enredo já não encanta mais. Isso acontece na vida das pessoas. Nos amores. Na política. O repertório se esgota.

E o senhor está pronto para ser o vice da chapa de Aécio?

Isso não é pergunta que se faça (rs). Não sou o vice da chapa do Aécio. Nem sei se isso vai ser definido na própria convenção do PSDB, agora em julho. É possível que a definição do vice se dê pela delegação da convenção à executiva em razão das alianças. 

Mas talvez a gente já defina o vice na convenção. A alternativa viável é a de um vice para compor uma aliança. Ou escolher alguém que preencha alguns requisitos eleitorais. Mas ainda não estamos conversando sobre isso, sinceramente não. Ainda não está na hora. Isso é só no abafa final. 

Como está observando a dobradinha Eduardo Campos e Marina Silva?

Eles ainda vão crescer. O fato é que a miragem da vitória da Dilma no primeiro turno da eleição já se dissipou inteiramente. Já não há mais o que recuar. A situação hoje é essa: o crescimento dos dois candidatos de oposição. Quem chegar lá na frente… Eu espero que seja o Aécio. 

 

O namoro acabou

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Luiza Brunet terminou o relacionamento de dois anos com o empresário Lírio Parisotto. A musa brasileira, que completa  52 anos no dia 24 de maio, quer se dedicar ao trabalho e à família. Investidor no mercado financeiro e dono da empresa Vídeolar, Lírio é considerado um dos homens mais ricos do País. No fim de 2013, Luiza organizou uma grande festa de aniversário de 60 anos do empresário. 

 

"Saberemos em 60 dias se Lula será candidato", diz Eduardo Campos

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Eduardo Campos e Marina Silva 

Na mansão do empresário João Doria Jr.,  em São Paulo, o pré-candidato do PSB à presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, recebeu longo aplauso do empresariado presente da noite de ontem (segunda-feira 28).  É o segundo encontro de um presidenciável com empresários na casa de Doria. O primeiro foi em torno do pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, no dia 31 de março. 

Ao deixar o jantar, por volta da meia noite, Campos  já se despedia dos últimos convidados quando respondeu que não acredita na possibilidade da candidatura do ex-presidente Lula, em substituição à presidente Dilma. “Não acho que isso vai adiante. Mas se for, saberemos em 60 dias se ele será candidato.”

 Um Itaú de diferença

Acompanhado no jantar por Marina Silva, vice da chapa, Campos sentou-se com os dois principais banqueiros do país. Roberto Setubal, presidente do Itaú, e Luiz Carlos Trabucco, do Bradesco. Jorge Gerdau e Constantino Jr, da Gol, compuseram a mesa. Convidados naturalmente compararam o jantar com o mesmo oferecido a Aécio. “Este tem um Itaú de diferença”, brincou um deles. A alusão era à presença de Setubal, que não estava presente ao jantar de Aécio. Neca Setubal, irmã do banqueiro, é braço direito de Marina Silva na campanha e também estava lá. Em compensação, o banqueiro André Esteves, que até fez perguntas no jantar de Aécio Neves, não foi ao jantar.

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Roberto Setubal e João Doria
 

 

Agrados de Geraldo Alckmin

A surpresa na mesa de Campos era a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Um mês antes, ele compôs o púlpito do pré-candidato Aécio Neves, juntamente com Fernando Henrique Cardoso. “Quero cumprimentar o mais novo munícipe de São Paulo”, saudou Alckmin. “Sob sua proteção”, retrucou Campos, imediatamente. “Sim, sob nossa proteção” , avalizou o governador.

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João Doria, Bia Doria e Geraldo Alckmin

 

Sem espaço vip

A disposição das mesas de jantar foi outro ponto de comparação com o jantar para Aécio Neves. No encontro com o candidato do PSDB para 150 empresários, Doria montou uma grande mesa de 20 lugares na qual FHC, Aécio e um grupo de notáveis se sentaram mais distantes dos demais convidados. O anfitrião teria percebido que a mesa retangular ficou parecendo um espaço vip e, dessa vez, preferiu fazer diferente. A mesa retangular não foi utilizada. Só foram ocupadas as mesas redondas na varanda e no salão onde mais de 20 telas do pintor Di Cavalcanti estão agrupadas numa parede. Doria é considerado um dos maiores colecionadores de Di Cavalcanti. Talvez só seja superado pelo acervo da família Marinho em número de obras do pintor. Algumas telas na parede pertenceram ao pai do empresário, o deputado baiano João Doria, cassado e exilado no período da ditadura. Pelo menos duas das telas que lá estão foram recompradas pelo empresário, que contratou marchands para localizá-las. No exílio, seu pai precisou vendê-las. Mas, anos depois, Doria conseguiu comprá-las de volta. Nesse cenário, assim como Aécio Neves semanas antes, Campos fez o seu discurso. Antes, ele ouviu a fala de Geraldo Alckmin.

Voto declarado

O governador de São Paulo ganhou do anfitrião o voto declarado na sucessão de São Paulo. “Gosto muito do Paulo Skaf, mas ele sabe que voto em Geraldo Alckmin. Posso ser acusado de excesso de transparência. De falta, não ”, disse Doria. Alckmin elogiou Eduardo Campos e Marina. Desejou à dupla uma “boa caminhada”: “Vocês dois juntos cumprirão uma bonita trajetória  nessa campanha”. E emendou: “Eduardo Campos é uma dos mais brilhantes homens públicos  de sua geração”, disse Alckmin. “Políticos como ele aumentam nossa confiança no futuro do Brasil.” Marina não foi chamada a falar no microfone, mas recebeu elogios eloquentes de Doria, Campos e do governador de São Paulo. Ela sentou-se à mesa com Bia Doria e a empresária  Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza.

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Marina Silva e Bia Doria

 

“A etapa do sequestro de alternativas já foi vencida”

Brincando que tinha o reloginho de Doria marcando seu tempo de discurso, Campos começou: “Orador fala em pé para ser visto, fala pouco para ser ouvido, e fala bem para merecer aplauso”. Campos criticou o governo Dilma mas poupou Lula. “Vivemos um momento especial da vida brasileira. O jogo decisivo para o Brasil não vai ser o da Copa. De 2010 para cá o Brasil piorou.” Ele animou o empresariado presente ao dizer que não lhe cabia arranjar culpados mas compreender que é preciso colocar o Brasil num caminho que entusiasme o empreendedor. “O que queremos para o Brasil daqui a quatro anos? Não podemos assistir ser desfeito o pouco que conseguimos fazer. A etapa de sequestrar alternativas já foi vencida”.  Nessa hora, Campos olhou para Marina Silva, sentada à mesa. “A atitude de Marina (de aliar-se a ele quando não viabilizou sua candidatura pela Rede) encerrou o sequestro político”, disse. O ex-governador criticou o PT e a “apropriação do estado por um partido político”. Além de mencionar o partidarismo da máquina pública, Campos criticou o excesso de ministérios e defendeu indicações técnicas para as agências reguladoras. “Acho inclusive que a presidente Dilma deveria adotar este critério para evitar essa angústia toda que tem passado”, disse, enquanto observou a crise da Petrobrás.

No cardápio, Aratu e beiju

A chef Morena Leite serviu moqueca de Aratu (carangueijo) com farofa de beiju, entre os pratos. Vol au vent de abóbora com feijão verde e carne seca agradou na entrada. Entre os vinhos servidos, Sancerre Comte Lafond Blanc 2010 (França) e  Brunello di Montalcino 2005 (Itália). Marina, que tem restrições alimentares na sua dieta, jantou apenas arroz integral, abobrinha e aspargos. O palmito oferecido, ela dispensou por não fazer bem à sua digestão. A chef já sabia das retrições da ex-ministra, mas, preocupada, a anfitriã foi à cozinha checar o que haviam preparado. O jantar terminou juntamente com o discurso, à meia-noite.

Debate em Comandatuba

No feriado tem mais. Campos e Marina seguem para o Fórum de Comandatuba  do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) na sexta-feira 2, onde debaterão com Aécio Neves o tema “Uma agenda para o desenvolvimento do Brasil”. O vice-presidente Michel Temer também irá.

 
O "calote" dos hermanos nos 40 quartos

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Com a desistência de Cristina Kirchner de vir ao Brasil, o hotel Tivoli, em São Paulo, está usando de muita diplomacia para não sair no prejuízo com o cancelamento da reserva de 35 das 40 suítes destinadas à comitiva da presidenta argentina. No lugar de Kirchner, que não conciliou agenda com Dilma Rousseff, veio seu vice, Amado Boudou, para a inauguração da nova Casa da Argentina, em São Paulo. O cerimonial só manteve cinco dos 40 quartos reservados. A suíte mais simples custa R$ 720 e a máster, R$ 3.600. Na terça-feira 22, a comitiva tentou jantar no restaurante Arola 23, no topo do hotel, mas não conseguiu. Ao chegarem lá, a gerência informou que o restaurante estava fechado para o jantar do chef espanhol Sergi Arola e do stylist Raphael Mendonça para suas 28 “musas”.

Silvio elogia o vestido de R$ 20 mil

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O momento emocionante foi do jornalista Carlos Nascimento, recuperando-se de um câncer. Mas, no quesito glamour, Eliana roubou a cena na entrega do Troféu Imprensa, que vai ao ar no domingo 27, no SBT. Silvio Santos se encantou com o vestido da loira. “É tão brilhante que vai te ofuscar. Quanto custou? R$ 12 mil?”, perguntou o patrão. O vestido é do estilista Marcelo Quadros. “O modelo em tule é bordado com 600 cristais Swarovski”, descreve Quadros. Custa R$ 20 mil. Luis Fiod assina o styling. Eliana ganhou os troféus Melhor Programa de Auditório e Melhor Apresentadora. Silvio ainda citou presentes que recebeu dela. “Você anda esbanjando, hein? Me mandou um ovo de Páscoa tão lindo que nem comi. E o relógio que me deu no ano passado? Se usar, cortam meu braço!”, brincou. Eliana devolveu: “Você me paga bem, dou audiência, então vou presentear!”

Conselho de mãe

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Com o Dia das Mães se aproximando, Kate Hudson revelou à revista “Self” que sua mãe, a atriz Goldie Hawn, é sua maior conselheira. O último ensinamento à filha é valorizar as amizades femininas. “Os homens são assim: ‘podem ir e vir’”, disse Goldie a Kate. Segundo a atriz, este é o motivo de ela não ter pressa para subir ao altar com o namorado roqueiro, Matt Bellamy, vocalista da banda Muse e pai de seu filho, Bing, de 2 anos. “Relacionamentos são difíceis. É onde você tem o maior trabalho de sua vida. Por isso, escuto os conselhos da minha mãe”, disse.

Drama na veia

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Adrien Brody usou seu talento dramático, e mágico nas horas vagas, para comprar a causa “Save the Children”, promovida pela grife Bvlgari. O retrato do ator é parte da campanha da marca que criou um pingente de prata e doou US$ 27 milhões para programas de saúde que salvam vidas de mães e crianças em países pobres, em situações de emergência. Naomi Watts e Dita von Teese também participaram. Adrien está a todo vapor na divulgação do novo longa “Third Person”, de Paul Haggis, em que contracena com Mila Kunis, James Franco, Olivia Wilde e Kim Basinger. No filme, ele é Sean, personagem dramático que passa por um dilema amoroso. Bem do jeito que ele gosta. “Nós vemos os filmes de super-heróis, mas os personagens que sofrem são os melhores para se conectar.”

Xuxa no tatuapé de Junno

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Enquanto trata da lesão no pé que a afastou da tevê, Xuxa decidiu pisar firme no negócio dos bufês infantis. Inaugurou a primeira Casa X no Tatuapé, na zona leste de São Paulo. A escolha de “estrear” no bairro não foi só estratégia da franquia, que terá mais 49 unidades no País e investimentos de R$ 2,2 milhões. Ela contou à coluna que foi uma “homenagem” ao namorado, Junno Andrade, que ali nasceu. No evento, mesmo com a bota ortopédica, a rainha dos baixinhos reviveu os tempos áureos ao descer de uma nave e cantar “Parabéns da Xuxa”, música de 1986, até hoje tocada em festas infantis. Amigos prestigiaram a inauguração.“É meu sonho descer nessa nave!”, dizia Deborah Secco, ao lado do cantor Daniel e da atriz Gabriela Duarte. Entre os fãs, havia mais ex-baixinhos, hoje adultos, do que crianças.

ISTOÉ – Então escolheu o Tatuapé de Junno para inaugurar seu bufê?
Xuxa –
Era um terreno montado em cima da planta do Gringo (Cardia, arquiteto e cenógrafo) para a Casa X. E o Junno nasceu aqui. Até passamos de carro ao lado da maternidade onde ele nasceu para eu ver. Não deu para passar na frente. Quando eu o chamo de fofo, ele diz: “Fofo não. Sou da ‘ZL’” (zona leste).

ISTOÉ – E como está a recuperação do seu pé?
Xuxa –
Continuo tratando e usando a botinha, que eu odeio. Depois dos últimos exames, a recomendação é usar mais quatro meses. Mas estou cuidando e já faço fisioterapia.

ISTOÉ – Pensa em um novo programa para apresentar à Globo?
Xuxa –
Tenho ideias, mas meu foco é cuidar do meu pé. Assim como eu e a TV Globo anunciamos que eu precisava me afastar para me cuidar, vamos também anunciar juntos o que virá.

ISTOÉ – Como está sua mãe (Alda Meneghel)?
Xuxa –
Se recuperando (de pneumonia). Passo o Dia das Mães com ela.

ISTOÉ – Vai assistir à Copa do Mundo ao vivo? Como vê as polêmicas?
Xuxa –
Sinto o mesmo que todos os brasileiros. Estamos todos ansiosos e preocupados para que tudo saia bem! Vou à abertura. Depois, depende da minha filha. É mês de férias e aniversário da Sasha.

Bala

Fernanda torres será destaque na FLIP

Fernanda Torres vai participar pela primeira vez da Flip, Festa Literária Internacional de Paraty. A organização do evento formalizou o convite à atriz, por conta do sucesso de seu primeiro romance “Fim”. Segundo a assessoria de imprensa da Flip, ela aceitou. Por conta da Copa do Mundo, este ano o evento acontecerá mais tarde: entre os dias 30 de julho e 3 de agosto. 

Fotos: Franco Amendola (Eliana); Dimitrios Kambouris/VF12/WireImage (Kate Hudson); Fabrizio ferri(Adrien Brody); Blad Meneghuel (Xuxa)