A crise econômica é mais que democrática na Itália – atinge do governo ao crime organizado. Esse é um dos motivos pelos quais o novo primeiro-ministro, Matteo Renzi, toma medidas extremas: vai leiloar ilhas e palácios do patrimônio imobiliário do país, que somam cerca de R$ 900 bilhões. Com o dinheiro angariado pretende reduzir a dívida pública que bate os 130% do PIB. Já a máfia italiana, vendo o dinheiro minguar, também resolveu adotar novos métodos de trabalho. Em Palermo, um poderoso chefão reclamou que agora “não dá mais para extorquir ninguém”. E lamentou: “Vamos ter que arrumar emprego de verdade.”