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Ganha força entre as empresas a consciência de que sua contribuição para a sociedade vai além da geração de lucro, renda e empregos. As crises econômicas, sociais e ambientais têm levado líderes empresariais a repensar o propósito de seus empreendimentos e o papel dos negócios em um mundo saturado dos velhos paradigmas. Sintonizados com os novos tempos, gestores pioneiros impulsionam um modelo de desenvolvimento que ganha cada vez mais adeptos no mundo corporativo. Trata-se do capitalismo consciente, conceito que consiste essencialmente na ideia de que as empresas devem ter uma motivação maior do que apenas a busca de lucro a qualquer preço. Atenta a essa transformação, a ISTOÉ lança o prêmio “As Empresas Mais Conscientes do Brasil”, que vai identificar e reconhecer as companhias que melhor estão fazendo essa transição. “O capitalismo consciente representa uma profunda e necessária transformação na forma de se fazer negócios”, diz Caco Alzugaray, presidente executivo da Editora Três. “As empresas que não se adequarem a essas mudanças provavelmente ficarão para trás.”

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As inscrições para o prêmio poderão ser feitas entre 15 de abril e 10 de junho, em um link disponível no site da ISTOÉ (www.istoe.com.br). Qualquer companhia pode participar. As empresas serão avaliadas de acordo com o seu porte (pequenas, com receita operacional bruta de até R$ 16 milhões, médias, com receitas de até R$ 300 milhões, e grandes, para as que faturam mais de R$ 300 milhões). Serão distribuídos 19 prêmios: uma campeã geral, as vencedoras nas três categorias (pequena, média e grande) e as melhores empresas pequenas, médias e grandes em cada uma das cinco dimensões de avaliação (governança, modelo de negócios, relacionamento com funcionários, relacionamento com a comunidade e meio ambiente). A organização do prêmio será feita pela Report Sustentabilidade e, para analisar as candidatas, a ISTOÉ vai utilizar a metodologia do B Lab, organização norte-americana dedicada a certificar empresas com práticas alinhadas ao lema: “Não ser apenas as melhores empresas do mundo, mas as melhores para o mundo.” No Brasil, essa cuidadosa avaliação é coordenada pelo Sistema B. Se houver dúvidas sobre a inscrição e os critérios, elas poderão ser esclarecidas em quatro webinars (seminários online) ou enviadas para o e-mail premioempresasconscientes@istoe.com.br.

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Nos Estados Unidos, os conceitos centrais do capitalismo consciente estão ganhando eco em empresas como a Whole Foods, maior varejista de produtos orgânicos do mundo, a Patagonia, grife de roupas esportivas, e a companhia aérea Southwest. No Brasil, o modelo já encontra exemplos valorosos. “Uma empresa não pode visar exclusivamente o lucro, mas precisa ter um conjunto de valores”, diz Camila Valverde, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil. “Quando vamos lançar uma marca, pensamos no que ela pode trazer de conceitos e como contribui para mudanças de comportamento positivas”, diz João Paulo Ferreira, vice-presidente comercial e de sustentabilidade da Natura. Em entrevista à ISTOÉ, o guru indiano Rajendra Sisodia, fundador do movimento capitalismo consciente, resumiu suas ideias em uma frase: “Muitas empresas estão começando a descobrir que devem aderir a uma abordagem diferente para o negócio, que se baseia na criação de valor em vez da exploração.”