O Supremo Tribunal Federal, mais alto patamar do Poder Judiciário no País, decidiu na quinta-feira 27 que o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) deverá ser julgado em primeira instância pela Justiça Federal de Minas Gerais – ele é processado por peculato e lavagem de dinheiro no esquema que ficou conhecido como mensalão tucano. Azeredo renunciou ao seu mandato e, assim, o STF entendeu que ele perdeu o direito ao foro privilegiado. Ao remeter o caso para a Justiça de Minas, o STF julgou de acordo com a regra e não com a exceção, como foi feito em relação a alguns réus do mensalão do PT. O problema é que, como os crimes atribuídos a Azeredo ocorreram na campanha eleitoral de 1998 e com o número de recursos que o ex-deputado terá à disposição a partir de agora, tudo indica que o caso caminhe para a prescrição. Ou seja, Azeredo deixou oito meses de mandato, mas deve conquistar a impunidade.