Assista ao vídeo com cenas de alguns dos clássicos da Pixar:

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AMULETO
O filme “Toy Story” tirou a Pixar do vermelho em 1996 (foto), ganhou continuação em 1999 que superou o sucesso do original e terá em junho a sua terceira sequência, agora em 3D

 

 

Desde o retumbante sucesso do filme “Toy Story”, há pouco mais de uma década, o estúdio de animação americano Pixar tornou-se sinônimo de desenho inteligente e bem realizado – uma grife de qualidade e bons rendimentos com status reconhecido na mais recente edição do Festival de Cannes, quando um de seus longa-metragens animado abriu o evento pela primeira vez na história da mais importante mostra cinematográfica do mundo. O que pouco se conhece é a longa e conturbada trajetória do estúdio e de seus personagens, uma saga de bilhões de dólares e infinitos pixels que agora é relatada no livro “A Magia da Pixar” (Campus Elsevier), de David A. Price. A hoje poderosa usina de animação digital não passava então de uma mal-sucedida firma de hardware e computação gráfica quando foi criada em meados da década de 1980. Era um braço da Lucasfilm, produtora do cineasta George Lucas, que enfrentava um dispendioso divórcio de sua esposa e sócia. Lucas precisava de dinheiro e o executivo Steve Jobs, recém-demitido da Apple (ele retornaria à empresa mais tarde como principal acionista), procurava um negócio no qual investir – foi nesse contexto que Jobs comprou a Pixar por US$ 5 milhões e a vendeu 20 anos depois por US$ 7,4 bilhões. O autor procura entender o que levou Jobs a se manter apegado a uma firma que nunca saía do vermelho e arrisca uma explicação: “Após ter sido demitido e falhado na direção da sua empresa de tecnologia, a Next, Jobs não poderia suportar um novo fracasso.” Terminou por revolucionar a animação.

 

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INOVADOR
John Lasseter assinouo primeiro longa animado digital

 

Antes disso, o estúdio enfrentara uma década de penúria e o livro revela um Jobs irascível, despótico e caótico, um executivo “politicamente incorreto, que não hesitava em estacionar a sua Mercedes-Benz na vaga destinada a deficientes físicos”. Na má fase da empresa, ele inventava novas estratégias comerciais a cada semana. E o autor reconhece que foi dessa tenacidade que nasceu a gigante Pixar como a conhecemos hoje. Uma das primeiras iniciativas de Jobs foi contratar o produtor John Lasseter ao saber que ele havia deixado a Disney. Lasseter se tornaria o idealizador da maior parte dos futuros sucessos do estúdio, como “Vida de Inseto” e “Carros”. A aposta da dupla era produzir desenhos com o que existia de mais avançado na área tecnológica e fugir à fórmula já desgastada dos personagens traçados manualmente que eram a marca do concorrente. Literalmente, se propunha a “fazer pixels”, técnica revolucionária por trás do nome Pixar. Essa ilha de excelência tornou-se um produto cobiçado no mercado e a Disney ofereceu uma fortuna para incorporá-la.

Com a associação, a Pixar passou a produzir um filme por ano, sempre batendo os recordes anteriores. Na onda do 3D, vai lançar nesse formato em junho de 2010 a terceira aventura de seu filme-amuleto, justamente “Toy Story” – os dois anteriores da série serão relançados também em três dimensões. Além disso, a Pixar trabalha na continuação de outros títulos: “Carros 2” e “Monstros S.A. 2”. Há ainda o inédito “The Bear and the Bow”, previsto para 2011. É o que se poderia chamar de uma verdadeira fábrica de fantasia.

 

MAGIA MILIONÁRIA
A Pixar lançou dez filmes em 14 anos e ganhou seis Oscar. Ao longo de sua história faturou em bilheteria US$ 5,1 bilhões

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UP – ALTAS AVENTURAS (2009)
Em seis meses rendeu US$ 294 milhões e teve custo estimado de US$ 150 milhões

 

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PROCURANDO NEMO (2003)
Orçamento: US$ 84 milhões Faturamento: US$ 864 milhões

 

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OS INCRÍVEIS (2004)
Orçamento: US$ 82 milhões Faturamento: US$ 631 milhões

 

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RATATOUILLE (2007)
Orçamento: US$ 150 milhões Faturamento: US$ 621 milhões


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