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Sempre que ensaia disputar uma eleição em Minas Gerais, como em 2010 e agora, o ex-ministro Hélio Costa volta a ser assombrado pelo polêmico acordo extrajudicial que beneficiou a produtora de um velho amigo com R$ 254 milhões. O ministro Aroldo Cedraz, do TCU, acaba de determinar a apuração das responsabilidades dos dirigentes do Ministério das Comunicações e os atos de gestão que culminaram no tal acordo.
Para Cedraz, “há evidências de omissões” que contribuíram para que a Telebrás fosse condenada e executada pela empresa VT UM.
O Ministério, sob comando de Costa, “se esquivou de intervir”.

Bloco na rua

No dia 14 de abril, o bloco PSB-Rede anunciará oficialmente a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
No mesmo dia será formalizado o nome da ex-senadora Marina Silva como vice da chapa socialista. E, finalmente, será anunciado o candidato ao governo de São Paulo. Sim, Marina bateu o pé e o PSB terá nome próprio no Estado!

Diga-me com quem andas…

Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte, Henrique Alves terá como vice João Maia (PR), irmão do complicadíssimo Agaciel Maia (PTC). Ao Senado, Alves apoiará outra figura polêmica: a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), cujo filho foi preso por tráfico de influência.

…e te direi quem és

O presidente da Câmara chamou para coordenar a campanha seu ex-assessor Aluísio Dutra, cuja empresa foi denunciada por receber mais de R$ 1,6 milhão em emendas de Alves e de contratos do DNOCs na gestão de Elias Fernandes. O filho de Fernandes também estará na campanha.

Charge

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Ciranda pré-eleitoral

O marqueteiro Duda Mendonça desentendeu-se com Paulo Skaf e está desembarcando da campanha ao governo paulista. Não se entenderam sobre o cachê. O neopeemedebista resolveu fechar parceria com Renato Pereira, desligado da campanha de Aécio Neves em dezembro.

Black bloc importado

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está preocupadíssimo com informações chegadas de serviços de inteligência estrangeiros de que grupos de black blocs europeus chegarão em massa nos próximos meses, com o objetivo de atacar os ônibus das delegações das seleções de lá.

Falando sozinho

O esvaziamento do blocão é fruto de estratégia articulada pela presidenta Dilma com a cúpula do PMDB. Ela pediu aos senadores Renan Calheiros, Eduardo Braga, José Sarney e Eunício Oliveira que “façam de tudo” para retirar o poder do deputado Eduardo Cunha, inclusive atraindo o presidente da Câmara, Henrique Alves, para a ala mais moderada da legenda.

Valei-me, padim Ciço

O prefeito de Juazeiro, Raimundo Macêdo, pegou empréstimo de R$ 27 milhões no BNB para a construção de um shopping center na cidade. Até aí, tudo bem, não fosse o fato de o político dar como garantia três ruas do município. A Câmara local vai apurar o caso.

Tourada pernambucana

Após trilhar carreira polêmica no Judiciário, o ex-desembargador Tourinho Neto volta a comprar briga na iniciativa privada. Está à frente de ação que questiona processo de recuperação judicial do grupo Eduardo Queiroz Monteiro, de Pernambuco. O grupo teria escondido da Justiça cerca de R$ 2 bilhões em ativos, metade disso em imóveis desimpedidos e créditos da liquidação do Mercantil. Outra metade escoada por meio de holdings “off shore” às quais o ex-conselheiro do CNJ está à caça.

Cana amarga

A recuperação judicial do grupo EQM foi negada parcialmente pela juíza Margarida Amélia Bento Barros, que logo depois foi transferida da 25ª para a 27ª Vara Cível. Após recurso ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, o processo de recuperação foi aprovado. O escritório Matos, Paurá & Beltrão tem como sócio o filho do corregedor-geral do TJPE.

Toma lá dá cá

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Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência da República

ISTOÉ – O sr. acredita que Lula o comparou com Collor quando falou do medo de que “venha um desconhecido, que se apresente muito bem, jovem”?
Campos –
Sinceramente, não. Eu não estava lá e não sei em que circunstâncias ele falou aquilo. Mas sei que o assessor dele ligou para o meu assessor para dizer que Lula jamais teve a intenção de me comparar a Fernando Collor.

ISTOÉ – É preciso ganhar São Paulo para chegar à Presidência?
Campos –
Sim. Por isso decidimos montar o QG da campanha na capital. É um gesto de aproximação com a cidade e fica mais fácil para cumprir a pesada agenda eleitoral.

ISTOÉ – A chapa será anunciada em breve. Dá tempo para curtir o caçula Miguel?
Campos –
Ele está com 2 meses e meio. Faço o possível para aproveitar este momento, mas fazer campanha eleitoral é sempre um grande sacrifício para a vida familiar.

Rápidas

* Com 4.774 obras, Minas Gerais superou a Bahia em obras do PAC. No Estado comandado pelo tucano Antônio Anastasia, o derrame de recursos federais na infraestrutura vai ajudar a turbinar a campanha ao governo do ex-ministro petista Fernando Pimentel.

* Como um torcedor do Fluminense que grita gol na torcida do Flamengo, o senador Gim Argello (PTB-DF) foi vaiado ao elogiar as conquistas do governo Dilma num encontro com arrudistas e rorizistas. A reunião foi para abrir diálogo com o ex-governador José Roberto Arruda (PR).

* Está em discussão no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a inclusão de corte de pesquisa para incluir na próxima contagem populacional de 2015 pergunta sobre a categoria transexual e travestis entre as classificações de gênero aplicadas em formulários.

* Sentindo-se traído pelas empresas de telefonia que resolveram negociar diretamente com o Planalto, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), liberou a bancada para apoiar a manutenção da neutralidade da rede na votação do Marco Civil da internet.

Retrato falado

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Ex-presidente da comissão especial da Câmara que coordenou as discussões sobre o Marco Civil da internet, o deputado federal João Arruda (PMDB-PR) espera que a bancada do partido chegue a uma posição comum a favor da neutralidade da rede, tópico que divide os parlamentares e tira o sono do Palácio do Planalto e das empresas de telefonia.

Os hectares de Geller

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O novo ministro da Agricultura, Neri Geller, declarou à Justiça Eleitoral em 2010 possuir um patrimônio de quase R$ 1,2 milhão, que inclui lotes de terra, uma moto e participação societária em postos de gasolina. Chama a atenção o valor de R$ 1.191,15 que ele atribuiu à sua fazenda de 121 hectares. Corretores locais avaliam em mais de R$ 1 milhão a propriedade.

Glorioso São José

Como não acredita em milagres na política, Dilma decidiu ela mesma buscar o entendimento entre o governador Cid Gomes (PROS) e o senador Eunício de Oliveira (PMDB), no Ceará. Na visita que fez ao Estado na semana passada, carregou ambos em seu helicóptero em todos os trechos da viagem. O ato de grande simbolismo foi seguido de aval para que o líder peemedebista, favorito ao governo do Estado, anuncie em nome dela investimentos na modernização do aeroporto de Juazeiro.

* O titular da coluna, Paulo Moreira Leite, está de férias. Em seu lugar, interinamente, está o repórter Cláudio Sequeira Dantas
Colaboraram: Izabelle Torres e Josie Jerônimo
Fotos: Divulgação; Adriano Machado/AG. ISTOÉ