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A campanha de Eduardo Campos para a Presidência da República será focada na conquista da nova classe média brasileira, que concentra 51% de todo o eleitorado nacional nos grandes centros urbanos. Nas contas do pré-candidato do PSB, o desafio maior será ganhar a classe C de São Paulo. Um estudo que baseia a estratégia revela que nessas famílias a mãe é a chefe da casa, pois tem o poder de compra. Já o filho, que fez faculdade e se identifica com os protestos de rua, é quem orienta politicamente os parentes. Nessa enorme fatia do eleitorado Campos ainda é um completo desconhecido, mas tem potencial.

Saída pela direita

Para crescer em São Paulo, Eduardo Campos precisa de um palanque forte. O único que oferece condições para isso é Geraldo ­Alckmin (PSDB), que quer o PSB de vice em sua chapa de reeleição e até ofereceu a vaga do Senado para a legenda. Sem chances de sucesso numa campanha solo em SP, Marina Silva deve abrir mão da candidatura própria PSB-Rede.

‘MMA’ eleitoral

Ao adotar postura inflexível na negociação com parlamentares, Dilma Rousseff aposta no clamor das urnas. Pesquisas encomendadas pelo PT indicam que sua popularidade sobe toda vez que a presidenta bate no Congresso Nacional. A falta de diálogo, porém, é um risco para a política.

Caserna democrática

Enquanto a extrema direita tenta reeditar a “Marcha da Família”, pedindo um novo golpe, os clubes militares planejam protesto pacífico na noite do dia 31. O manifesto pede aos apoiadores que vistam camisa com cores da bandeira e soltem rojões. E que, em outubro, votem contra o PT.

Móveis e utensílios

O governo de um importante Estado se prepara para gastar R$ 180 milhões em móveis. Fará isso por meio de aditivo a uma PPP, o que é ilegal. Não só. Os itens estão sendo cotados em partes. Uma cadeira, por exemplo, é dividida em braços, pernas, encosto e assento. Cada parte, um preço.

De pai para filho

O negócio dos móveis será entregue a uma empreiteira ligada ao filho do político, que já está na mira do Ministério Público e da Polícia Federal. O jovem empresário já foi beneficiado pela influência do pai com outro contrato milionário para a publicidade nos ônibus que circulam pelo Estado.

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Olha o passarinho

Circula versão de que Lula é quem pediu à presidenta Dilma para tirar a foto da reunião no Alvorada que ocorreu logo após o Carnaval. A iniciativa de estampar o apoio do ex-presidente tinha como objetivo calar o movimento “Volta Lula!”, tratado como tabu dentro da legenda.

Capital eleitoral

Este ano não só Dilma Rousseff terá seu QG de campanha em Brasília. Seguindo a lógica de dar caráter nacional a suas candidaturas, PSB e PSDB já planejam instalar os comandos eleitorais de Eduardo Campos e Aécio Neves na capital federal. O Lago Sul é o bairro preferido dos três.

Copa, Marcola & CIA

Doze agentes do serviço secreto americano desembarcaram em São Paulo para montar esquema de proteção da seleção dos EUA e
de autoridades americanas na Copa. Preocupados com o risco de sequestro de jogadores e personalidades, pediram ao governo a neutralização do PCC. Por coincidência, Marcola e três aliados, incluído Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, foram agora isolados no regime disciplinar diferenciado em Presidente Bernardes, sob alegação de planejarem uma fuga.

Bola de ouro

Enquanto a Abin está preocupada com protestos na Copa, as agências de inteligência dos EUA e da Europa avaliam o sequestro como
a maior ameaça. Argumentam que o evento reunirá num só lugar os 20 jogadores mais caros do mundo. Serão monitorados hotéis, CTs, estádios, as fronteiras dos Estados e saídas do Brasil para Bolívia e Paraguai.

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Toma lá dá cá

Alcides Bernal (PP), prefeito cassado de Campo Grande, Mato Grosso do Sul

ISTOÉ – O sr. alega que a cassação foi um golpe político. Por quê?
Bernal –
Foi um golpe criminoso e político, engendrado pelo meu vice Gilmar Olarte e o grupo político do governador André Puccinelli (PMDB). Há provas cabais dessa fraude. Tenho gravações que já foram entregues ao Ministério Público.

ISTOÉ – O que existe nessas gravações?
Bernal –
Provas de que a reunião prévia na qual decidiram a cassação ocorreu a pedido do ex-prefeito e do meu vice. Também há provas da oferta de benefícios para comprar o apoio dos vereadores.

ISTOÉ – Então houve compra de voto?
Bernal –
Sim. Houve promessa de distribuição de secretarias
e outros favores. Ouvi que alguns vereadores também receberam dinheiro, fala-se em valores entre R$ 300 mil e R$ 2 milhões. Vou recorrer ao Judiciário e denunciar à polícia.

 
Rápidas

A resistência de Dilma Rousseff ao nome de Vital do Rego tem a ver com a mulher do senador, Vilalba Moraes. A presidenta foi informada
de que ela espalhou no estado a nomeação do marido antes de ter sido oficializada e já estava sentando na cadeira de superintendente
regional da Funasa.

O agente da Polícia Legislativa do Senado Fernando Fonseca do Carmo morreu durante missão sigilosa em Goiânia. A versão oficial é de atropelamento em plena BR-060. Esse tipo de missão, denunciada por ISTOÉ, já foi condenada pela PGR.

O prefeito cassado de Campo Grande Alcides Bernal (PP) tinha audiência em Brasília, na quinta-feira 13, para assinar contrato de R$ 75 milhões em obras do PAC no município. O evento lhe serviria de aval político de Brasília. Bernal foi cassado na véspera.

A coluna antecipou a escolha do neopeemedebista Neri Geller para o comando do Ministério da Agricultura, oficializada na quinta-feira 13. Seu secretário-executivo será o petista Gilson Bittencourt, ligadíssimo ao casal Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo.

Retrato falado

Enquanto no plano federal o deputado Eduardo Cunha (PMDB) lidera o racha com o governo, seu colega de bancada Leonardo Picciani cria tumulto na formação do palanque estadual. É dele a ideia de apoiar a campanha do tucano Aécio Neves, como reação à candidatura de Lindberg Farias (PT). Leonardo é filho de Jorge Picciani, braço direito de Sérgio Cabral.

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“Está evidente que não temos mais um projeto comum com o PT. Não queremos apoiá-los e eles não querem nosso apoio”

Teori sob pressão

O ministro do Supremo Teori Zavasck tem sido pressionado a apressar seu voto sobre a ação que vai determinar o futuro do financiamento privado de campanha. Teori pediu vistas do processo em dezembro, após quatro ministros terem votado contra a contribuição de empresas. O voto do ministro será determinante para a votação no plenário, até o final do mês.

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Fogo inimigo

A delatora do esquema de corrupção no ­Ministério do Trabalho, a empresária Ana de Aquino, alega sofrer retaliações de políticos e empresários. A mais grave teria sido o incêndio de uma de suascarretas em 28 de fevereiro, em avenida de Betim (MG), onde está a sede da AG Log Transportes. As câmeras de segurança da guarda municipal registraram o momento em que um homem ateou fogo ao caminhão. O Ministério Público vai pedir proteção policial para ela e sua família.

 

*Por Claudio Dantas Sequeira, interino