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Desde que deixaram o Palácio do Planalto em 2002, os tucanos nunca estiveram tão coesos em uma disputa presidencial como agora. Nos últimos meses, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – esquecido pelo partido nas disputas de 2006 e 2010 – passou a participar ativamente da campanha de Aécio Neves e, na semana passada, deixou claro que está em plena forma e aumentou o tom dos ataques à presidenta Dilma Rousseff. “O Brasil está à deriva. Perdemos o rumo”, disse FHC em evento para comemorar 20 anos do Plano Real, na quarta-feira 12. Antes disso, o ex-presidente acusara o PT de procurar dividir o País apenas para se manter no poder e não para a implantação de um efetivo projeto para o Brasil. As declarações de FHC mostram absoluta sintonia com o candidato Aécio Neves, que também não tem poupado críticas às gestões petistas (leia frases nesta página). Tanta harmonia entre os dois tem encorajado alguns líderes do PSDB a imaginar uma chapa puro-sangue, com Aécio e FHC. Independentemente de estar ou não na chapa, as pesquisas encomendadas pelo partido mostram que o engajamento do ex-presidente na campanha eleitoral tem trazido bons frutos para Aécio e pacificado o partido em redutos eleitorais importantes, como São Paulo, por exemplo. “É evidente que com FHC presente os tucanos se sintam mais motivados e as negociações com outros partidos fluam muito melhor”, diz um dos líderes tucanos na Câmara Federal.