Morreu na segunda-feira 24 o artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró. Ele tinha 90 anos e estava em sua residência Casapueblo, em Punta Ballena, próximo ao balneário de Punta del Este. Paciência e persistência não faltavam ao escultor, pintor, escritor e compositor, e a prova disso é que ele demorou 30 anos para construir sua obra mais conhecida: justamente a casa na qual faleceu, e que ele costumava chamar de “escultura habitável”. Além de residência, o local serve de hotel, ateliê e museu e é uma das principais atrações turísticas do Uruguai. Outro exemplo da persistência de Vilaró ficou evidente no acidente aéreo ocorrido com jogadores de rúgbi na cordilheira dos Andes em 1972. Seu filho Carlos era um dos 45 atletas a bordo e, na esperança de resgatá-lo, o artista mudou-se para o Chile e se envolveu pessoalmente com as buscas. Encontrou-o vivo três meses depois e da experiência publicou o livro “Entre Mi Hijo y Yo, La Luna”.