IEpag66e67Gente.jpg

Pode estar difícil para Dilma Rousseff movimentar a economia brasileira, mas ela foi capaz de levar às alturas o PIB do restaurante Eleven, em Lisboa. Dez dias após a polêmica escala em Portugal, o movimento de brasileiros no restaurante com uma estrela no Michelin cresceu 30%, assegura Miguel Júdice, um dos 11 sócios e co-presidente do grupo Thema, do qual faz parte o Eleven. “Já no dia seguinte, recebemos vários pedidos de reserva de brasileiros que estavam em Portugal e não conheciam o restaurante”, diz. “Para nós foi muito bom, apesar dos problemas gerados para a presidenta depois. Mas aqui não fazemos política. Fazemos refeições.”

E mais: todos agora querem “selfies” com o chef ­Joachim Koerper, tal como ele postou ao lado da presidenta. “Costumo passar pelo salão para cumprimentar os clientes. Nos últimos dias, os clientes brasileiros pedem fotos comigo”, anima-se o chef, também dono dos restaurantes Enotria e Enoteca Uno, no Rio. “Quem sabe não abrimos um negócio em São Paulo?” Joachim é casado com a chef paraense Cintia Koerper e vem ao Brasil a cada seis semanas.

O menu vedete daquela noite era o de trufas pretas espanholas, que dura um mês e custa 170 euros. Mas Dilma degustou pratos portugueses. “Estava uma noite animada. Um grupo pequeno, agradável. Contaram piadas. Não sei porque tanta confusão. Foi só um jantar”, diz Joachim. Além do robalo, Dilma apreciou um porco (foto). No cardápio, o menu completo do porco custa 34 euros. O do robalo, 35 euros. Mas não equivale à conta presidencial, porque foram servidas meias porções e só pratos principais. Brasileiros que estavam no restaurante não viram a presidenta. Ela estava numa das salas privadas no andar de cima e saiu pela porta dos fundos. Mas, do salão principal, era possível identificar a voz presidencial no animado zum-zum-zum que vinha andar de cima. Até Dilma deixar o Eleven, ninguém confirmava que ela estava lá. Apenas “uma pessoa importante do Brasil”.

Gente_a.jpg
Porco que Dilma degustou

Segundo uma brasileira presente, ao primeiro sinal de que um cliente subiria para o banheiro – ao lado das salas privadas –, um rapaz de terno, notadamente um segurança, subia as escadas atrás. A uma cliente, chegou a indicar onde era o toalete feminino e minutos depois desceu para o salão principal. A presença de Dilma demarcou território na casa contemporânea com vista para o Tejo. “Não, ninguém ainda pediu o mesmo prato nem a mesma mesa. Mas todos têm a mesma vista e o mesmo chef.” A julgar pela descoberta dos brasileiros, Joachim concorda que o Eleven pode ser dividido em a.D. e d.D. – antes e depois de Dilma.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias