A notícia publicada na abertura da coluna Século 21 (pág. 75 desta edição) e assinada pelo editor de Ciência e Tecnologia, Norton Godoy, é a confirmação de uma reportagem que foi escolhida como tema de capa da revista em outubro do ano passado. Naquela ocasião, o mesmo Godoy, jornalista dotado da rara qualidade da discrição e cuja afirmação de talento e competência dispensa palanques e malabarismos verbais, relatava aos leitores de ISTOÉ os progressos da ciência no mapeamento do genoma humano e seu significado para o futuro do homem.

A reportagem dava conta de um geneticista americano, Craig Venter, apelidado de “Bill Gates da Tecnologia”, que havia criado, há pouco mais de um ano, uma companhia chamada Celera e prometia sequenciar o código genético até maio de 2000. A notícia da coluna Século 21 confirma o que prometia o empresário: na quinta-feira 6 ele anunciou já ter identificadas as bases da receita genética do indivíduo, o que conclui a primeira etapa para a obtenção da sequência completa do código. A Celera promete terminar o trabalho no mês que vem. Para a ciência esse feito significa o limiar de um mundo sem doenças.

A capa desta edição de ISTOÉ também trata dos progressos da ciência na cura de doenças. A editora de Saúde, Cilene Pereira, coordenou o trabalho das jornalistas Juliane Zaché, Lena Castellón e Mônica Tarantino, responsáveis pela exaustiva radiografia das novas conquistas da medicina no tratamento do coração. Os fotógrafos Max Pinto e Ricardo Giraldez visitaram ilhas de excelência, como o Incor em São Paulo, para registrar como a tecnologia está ajudando os médicos a salvar mais vidas com cada vez menos traumas para os doentes. Tudo o que foi dito acima diz respeito à melhoria da condição física do homem. De sua ética e moral leia a partir da pág. 24.