Já pouco mais de cinco anos, a inglesa Joanne Rowling podia ser vista em cafés de Edimburgo, Escócia, com um bebê dormindo dentro do carrinho ao seu lado. Recém-separada do marido, um jornalista português, Joanne tentava criar uma história, que imaginava como uma série. Escrevia em bares, porque o apartamento que dividia com a irmã não tinha espaço. Aos 34 anos, Joanne, que agora assina J.K. Rowling, vive com a filha Jessica na mesma Edimburgo, cercada de todo conforto. Afinal, Harry Potter e a pedra filosofal (Rocco, 264 págs., R$ 22), o primeiro dos sete volumes planejados pela autora, somado aos dois seguintes, A câmara dos segredos e O prisioneiro de Azkaban, já venderam 28 milhões de exemplares.

Neste primeiro volume conhecemos a história do garoto órfão Harry, desprezado pelos tios que o adotaram, atazanado pelo primo Duda, ignorado na escola e que no seu 12º aniversário descobre que é um feiticeiro. Um poderoso feiticeiro, aliás, que sobreviveu ao ataque do maléfico Voldemort – assassino de seus pais, que também tinham poderes. O talento mágico lhe garante uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde passa a viver uma nova vida, ao lado de duendes, dragões, fantasmas, poções e vassouras voadoras. Brevemente Harry Potter – uma divertida mistura do filme Sociedade dos poetas mortos com o livro Alice no país das maravilhas – deve chegar às telas, assim que a disputa pela direção do filme for resolvida. Steven Spielberg já pulou fora. Impassível, J.K. Rowling promete para julho o quarto volume, Harry Potter e a magia do juízo final, encerrando a fase básica da saga, já que os três volumes restantes serão dedicados a Pottermaníacos em estágio avançado.